Brasil, 26 de setembro de 2025
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Senador critica PEC da Blindagem com linguagem inusitada

O senador Esperidião Amin usou uma expressão curiosa para justificar seu voto contra a PEC da Blindagem, que visava imunidade política.

O recente debate no Senado sobre a PEC da Blindagem ganhou contornos inusitados com a declaração do senador Esperidião Amin. Ele justificou seu voto contra a proposta utilizando a expressão “catinga de vaca molhada”, o que gerou uma curiosidade entre os presentes e nas redes sociais.

A origem da expressão

O ex-governador de Santa Catarina, conhecido por suas posições bolsonaristas, explicou que havia aprendido essa peculiaridade linguística durante uma visita ao Piauí. Amin recordou a cena de um sujeito vestido de terno para ir à missa, que acabava se aproximando de uma vaca molhada, resultando em um odor que não saía mais. Essa metáfora, embora pitoresca, simboliza seu descontentamento com o conteúdo da proposta.

Críticas à proposta

De acordo com Amin, a PEC continha três elementos que justificavam seu “cheiro ruim”: o voto secreto para impedir a abertura de processos, o foro privilegiado para proteger presidentes de partidos, e a blindagem para políticos que cometem crimes sem qualquer relação com o mandato. O senador deixou claro que, mesmo sem esses itens, a proposta já possuía características que a tornavam problemática.

Um momento de esperança legislativa

A rejeição da PEC representou um sopro de esperança em uma legislatura marcada por retrocessos. No entanto, o senador não atribui esse resultado ao civismo dos senadores, mas sim à pressão popular. As manifestações nas redes sociais e nas ruas, especialmente as lideradas pela esquerda, foram cruciais para que a proposta fosse derrotada.

Cerca de uma semana após a aprovação na Câmara, com o apoio de 353 deputados, a proposta foi sepultada por unanimidade na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Isso evidencia como a pressão popular pode ser efetiva, mesmo em um cenário político desafiador.

Reações políticas

Entre os que tentaram salvar partes da proposta estava o bolsonarista Jorge Seif, que chegou a apresentar um voto em separado, mas acabou se afastando da votação ao reconhecer a necessidade de ouvir a “voz das ruas”, que se opunha a qualquer proteção extra aos políticos.

Outro nome que se destacou foi o ex-juiz Sergio Moro, que, em seu discurso antipolítico, sugeriu a proteção de parlamentares em relação a opiniões, palavras e votos. Contudo, a repercussão negativa em torno de sua proposta levou-o a retirar a emenda e votar contra a PEC.

Consequências para o futuro

Os congressistas precisam estar atentos à percepção do público. Na mesma noite em que a PEC foi aprovada na Câmara, deputados de extrema direita celebraram o evento recitando o pai-nosso. No entanto, em 2026, esses políticos terão que rezar para não serem lembrados pela catinga que restaura a desconfiança sobre a classe política.

A luta contra a PEC da Blindagem ilustra a necessidade de vigilância constante por parte da sociedade civil sobre os atos dos legisladores. O episódio é um lembrete de que a pressão popular pode influenciar significativamente as decisões políticas, especialmente em um contexto onde a transparência e a responsabilidade são mais necessárias do que nunca.

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