Brasil, 26 de setembro de 2025
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Saída repentina de Bill Berrien das eleições para governador de Wisconsin

Bill Berrien encerra sua campanha após polêmica sobre suas redes sociais.

Bill Berrien, empresário de Wisconsin e apoiador do ex-presidente Donald Trump, anunciou na última sexta-feira o encerramento de sua candidatura ao governo do estado. A decisão ocorreu poucos dias depois de ser revelado que ele seguia diversas contas de conteúdo adulto nas redes sociais, incluindo uma performer de pornografia não-binária.

Justificativas para a desistência

O ex-SEAL da Marinha e um dos três principais candidatos republicanos, Berrien emitiu um comunicado detalhado em que afirmou: “Não tinha ideia de que concorrer a um cargo político poderia ser quase tão perigoso quanto caçar criminosos de guerra na Bósnia.” Ele concluiu que não teria chances de vencer as primárias republicanas, decidindo que era melhor para o partido, os eleitores, os doadores e sua família encerrar sua campanha.

A saída de Berrien deixa apenas o congressista Tom Tiffany e o executivo do condado de Washington, Josh Schoemann, como candidatos republicanos. As primárias estão marcadas para agosto, enquanto muitos democratas já estão na corrida.

Polêmica nas redes sociais

Berrien, que tem uma conta no Medium.com, seguia Jiz Lee, uma performer de pornografia não-binária, além de vários autores de ensaios sexualmente explícitos. Ele também seguia publicações que exploravam temas relacionados à sexualidade, incluindo relacionamentos com múltiplos parceiros. Após o vazamento das informações sobre suas redes sociais, Lee se manifestou, chamando Berrien de hipócrita, e vários republicanos proeminentes pediram que ele desistisse da corrida.

Schoemann, em sua declaração sobre a desistência de Berrien, não abordou diretamente a questão das redes sociais do ex-candidato, mas expressou apreciação por sua disposição em servir ao país como candidato. Tiffany não respondeu imediatamente a pedidos de comentário.

Reações ao encerramento da campanha

O porta-voz do Partido Democrata de Wisconsin, Phil Shulman, atribuiu a saída de Berrien não à sua atividade nas redes sociais, mas às suas críticas ao próprio Trump. A lealdade ao ex-presidente parece ser um requisito não oficial, uma vez que críticos dentro do partido questionaram a viabilidade da candidatura de Berrien após ele apoiar a ex-embaixadora da ONU, Nikki Haley, nas primárias presidenciais de 2024.

“Bill Berrien é uma lição para todos os candidatos do GOP: se você não demonstrar completa e total lealdade a Trump, passado ou presente, então é melhor arrumar suas coisas e ir embora”, disse Shulman. A falha de Berrien, apesar de seu currículo e investimento financeiro, demonstra o quanto os outros candidatos do GOP precisarão se esforçar para conquistar a nomeação.

Uma corrida aberta pela governadoria

A corrida pela governadoria em Wisconsin está aberta pela primeira vez desde 2010, já que o governador democrata Tony Evers decidiu não buscar um terceiro mandato. Entre os principais candidatos democratas estão a vice-governadora Sara Rodriguez, o executivo do condado de Milwaukee, David Crowley, a senadora estadual Kelda Roys e a representante estadual Francesca Hong. Outros potenciais candidatos incluem o Procurador Geral Josh Kaul e a ex-vice-governadora Mandela Barnes.

O que fica claro com a saída de Bill Berrien é que, no atual cenário político, a lealdade ao ex-presidente Trump está se tornando uma peça chave para qualquer candidatura republicana. A situação evidencia como temas pessoais e a presença nas redes sociais podem impactar não apenas a imagem de um candidato, mas também suas chances eleitorais.

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