Brasil, 26 de setembro de 2025
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Recuperação financeira fortalece o peso argentino e anima mercado

A valorização do peso argentino nesta semana é impulsionada por promessa de apoio dos EUA, reforçando a confiança após momentos de instabilidade

A recuperação do peso argentino nesta semana foi intensa, com o peso disparando 10%, as ações subindo 7% e títulos da dívida externa do governo apresentando ganhos de 22%, segundo fontes do mercado. Essa reação positiva foi consequência de uma orientação clara do governo dos Estados Unidos, que prometeu apoio financeiro ao presidente argentino Javier Milei para defender o peso e garantir o pagamento da dívida, conforme análise de especialistas.

Impacto do apoio dos EUA na economia argentina

Segundo análistas, a promessa de um acordo com os norte-americanos, incluindo uma linha de swap de US$ 20 bilhões e possíveis compras de títulos soberanos, funcionou como um “circuit breaker”, proporcionando ao governo de Milei maior margem de manobra antes das eleições legislativas de 26 de outubro. “A intervenção dos EUA estabilizou os ativos argentinos, permitindo que o mercado respirasse um pouco mais”, afirmou Diego Pereira, do JPMorgan.

Reação do mercado e riscos internos

Apesar do forte movimento de alta, os títulos argentinos ainda caminham para o maior ganho semanal desde 2022, embora tenham perdido força nos últimos dias. Nesta sexta-feira, a dívida argentina caiu em toda a curva, ficando atrás de outros pares emergentes, o que indica que há limites para o otimismo. A decisão do governo de proibir a compra de títulos liquidados em dólar por 90 dias reforçou as preocupações do mercado.

Fatores políticos e desafios econômicos

Embora a ajuda dos Estados Unidos tenha ajudado a conter os efeitos de derrotas eleitorais e a questionamentos sobre a viabilidade do governo de Milei, o cenário ainda é de desafios. A redução da pobreza para 31%, a menor desde 2018, mostra avanços, mas o crescimento econômico permanece estagnado. “A melhora momentânea deve-se ao apoio externo, mas os problemas internos, como alta inflação e reservas em baixa, continuam críticos”, avalia a economista Ana Ribeiro.

Perspectivas de curto prazo

Especialistas destacam que, mesmo com a recuperação pontual, o peso ainda está considerado caro demais por muitos investidores. A recomposição das reservas internacionais, que perderam US$ 4 bilhões desde agosto, é uma prioridade para o governo. A venda de mais de US$ 1 bilhão em três dias na semana passada revelou a fragilidade do caixa do país.

O que esperar das próximas semanas

Analistas alertam que, sem reforço na estrutura de reservas e ajustes no câmbio, há risco de repetição dos erros do FMI em 2018 e 2019, quando bilhões de dólares entraram no sistema argentino, mas também saíram rapidamente. A continuidade do apoio dos EUA, no entanto, deve ajudar Milei a manter um piso de valorização antes das eleições, influenciando positivamente os ativos até lá.

Embora ainda exista uma trajetória de incertezas, a expectativa é que o apoio externo continue oferecendo uma sombra de esperança na recuperação econômica da Argentina, enquanto o governo trabalha para solucionar problemas internos mais estruturais.

Para mais detalhes, acesse a fonte original.

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