Brasil, 26 de setembro de 2025
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Operação policial no Complexo da Maré causa tiroteios e caos

A operação da Polícia Civil no Complexo da Maré resultou em tiroteios intensos e preocupado moradores da região.

No início da manhã desta sexta-feira (26), o Complexo da Maré, situado na Zona Norte do Rio de Janeiro, foi palco de uma operação emergencial da Polícia Civil. As autoridades agiram após identificar que traficantes do Terceiro Comando Puro (TCP) planejavam retomar o controle do Morro dos Macacos, em Vila Isabel, que foi dominado pelo Comando Vermelho neste ano. Este cenário de tensão e violência resultou em intensos tiroteios e em um clima de insegurança na comunidade.

Motivo da operação emergencial

De acordo com o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, o monitoramento de inteligência realizado durante cerca de dois meses levou à descoberta da movimentação atípica de membros da facção criminosa. “Percebemos uma movimentação atípica de vários marginais no Complexo da Maré e estavam fazendo uma movimentação para tentar retomar o Morro dos Macacos”, destacou. A ação da polícia resultou na morte de Edmilson Marques de Oliveira, conhecido como “Cria”, que havia assumido o comando do tráfico na comunidade após a morte de seu antecessor, Thiago da Silva Folly, o TH, em maio deste ano.

Conflito e segurança da população

A atuação dos agentes foi rápida, e operações foram enviadas para as áreas de Vila do João e Vila dos Pinheiros, locais críticos na comunidade. Assim que a polícia chegou, os tiroteios se intensificaram, obrigando o fechamento preventivo da Linha Amarela e, em diferentes momentos, da passagem entre a Linha Vermelha e a Avenida Brasil.

Moradores da Maré enfrentaram momentos de pânico, muitas vezes se refugiando em suas casas. A situação também impactou diretamente a rotina de diversas instituições, como a Escola Municipal Vereadora Marielle Franco, onde alunos e funcionários foram forçados a buscar abrigo nos corredores da escola.

Interrupção de serviços de saúde

Além da insegurança imediata, a operação policial afetou serviços essenciais na região. A Secretaria Municipal de Saúde anunciou a interrupção do funcionamento de uma unidade de Atenção Primária, garantindo a segurança de profissionais e usuários. “Um centro municipal de saúde suspendeu o funcionamento e avalia a possibilidade de abertura nas próximas horas”, informou a secretaria. Embora uma clínica da família continue a atender, as atividades externas e as visitas domiciliares foram suspensas devido à situação de risco.

A repercussão da ação policial

As ações da polícia e as consequências diretas sobre a comunidade revelam a fragilidade da segurança na região e o impacto das operações policiais na vida diária dos moradores do Complexo da Maré. Enquanto os tiroteios acontecem em meio a intensos conflitos entre facções, o chamado de ajuda e a busca por soluções duradouras tornam-se cada vez mais urgentes.

Ainda não há informações sobre outros feridos no ocorrido, mas o clima de insegurança e o medo continuam a pairar sobre a população local. Essas operações emergenciais refletem um dilema complexo: de um lado, a necessidade de combater o tráfico e a criminalidade; do outro, o risco de colocar em perigo vidas inocentes e a infraestrutura da comunidade.

À medida que as informações sobre a operação evoluem, é essencial que as autoridades mantenham o diálogo aberto com os moradores e busquem formas mais eficazes e seguras de lidar com a criminalidade na região, promovendo não apenas a segurança, mas o desenvolvimento e a paz social no Complexo da Maré.

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