Brasil, 26 de setembro de 2025
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Jovem acusada de lavagem de dinheiro do tráfico é solta pela Justiça

Decisão judicial permite que mulher responda em liberdade a acusações de lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Uma jovem de 23 anos, presa durante a Operação Emergentes da Polícia Federal em março deste ano, foi solta e agora responderá ao processo em liberdade. A decisão, divulgada nesta sexta-feira (26) pelo g1, foi definida pela 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), que entendeu não haver fundamentos concretos para a manutenção da prisão preventiva.

Operação Emergentes e suas implicações

A Operação Emergentes foi desencadeada contra uma organização criminosa envolvida no tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. Durante a operação, realizada em março, a Polícia Federal prendeu sete pessoas, sendo seis delas da Baixada Santista e um homem identificado como o líder da quadrilha, que foi detido em Portugal.

Conforme a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), alguns membros da organização eram responsáveis pela remessa de entorpecentes para o exterior, utilizando cascos de embarcações com destino à Europa. Outros indivíduos do grupo ficavam encarregados de lavar os lucros provenientes deste crime. A jovem acusada, que reside em Guarujá, no litoral paulista, é sobrinha de um dos líderes da quadrilha e supostamente teria usado sua conta bancária para movimentar mais de R$ 2 milhões do tráfico de drogas.

Motivos para a revogação da prisão

A defesa da jovem, representada pelos advogados João Manoel Armôa Junior e Vitória Santana dos Santos, argumentou que a cliente é ré primária, possui residência fixa, emprego regular e está matriculada em um curso superior. Os advogados destacaram que essas circunstâncias tornam a prisão desproporcional e desnecessária.

Em nota ao g1, a defesa reafirmou sua confiança no Poder Judiciário e afirmou que todas as acusações serão confrontadas no momento oportuno, respeitando as garantias constitucionais de ampla defesa e presunção de inocência.

Medidas cautelares da decisão

Embora a jovem tenha sido liberada, a decisão permite que ela responda pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro em liberdade, mas sob algumas condições específicas. Entre as medidas cautelares estabelecidas pelo TRF-3 estão:

  • Comparecimento a todos os atos do processo;
  • Comprovação de residência e justificativas das atividades bimestralmente ao juízo;
  • Recolhimento domiciliar durante o período noturno e em seus dias de folga;
  • Proibição de se ausentar por mais de oito dias ou mudar de residência sem autorização judicial;
  • Entrega de seu passaporte à Justiça, caso ele não tenha sido apreendido, e proibição de deixar o país.

O contexto das operações da Polícia Federal

A Operação Emergentes é um exemplo claro do combate intenso da Polícia Federal ao tráfico internacional de drogas e à lavagem de dinheiro no Brasil. Este tipo de ação tem se tornado cada vez mais relevante, dada a crescente presença de grupos organizados no tráfico, que utilizam métodos sofisticados para ocultar suas atividades ilegais, abrangendo desde o envio de entorpecentes por via marítima até complexas transações financeiras.

A situação da jovem é um lembrete dos desafios que as autoridades enfrentam não apenas para desmantelar redes criminosas, mas também para assegurar que os direitos dos acusados sejam respeitados durante o processo judicial. A decisão do TRF-3 destaca a importância do devido processo legal e das garantias constitucionais, mesmo em casos que envolvem crimes graves, como o tráfico de drogas.

Com o desenrolar do caso, a expectativa é que a Justiça brasileira continue a agir com rigor, ao mesmo tempo em que mantém o equilíbrio entre a necessidade de punir crimes e a proteção dos direitos individuais dos cidadãos. O acompanhamento desse processo será essencial para entender as futuras implicações e decisões das autoridades e do judiciário na luta contra o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro no país.

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