Na última terça-feira, Joe Rogan quebrou o silêncio sobre a suspensão de Jimmy Kimmel, criticando a participação do governo na censura e falando também sobre Donald Trump, seu antigo apoiador que recentemente voltou a ser alvo de suas críticas.
Rogan e a defesa da liberdade de expressão
Durante seu podcast, “The Joe Rogan Experience”, Rogan afirmou que não acredita que o governo deva influenciar ou determinar o conteúdo de piadas ou monólogos de humor. “Primeiro, eu definitivamente não acho que o governo deva estar envolvido — nunca — em decidir o que um comediante pode ou não dizer em um monólogo, isso é uma loucura”, declarou Rogan, destacando a importância da liberdade de expressão.
Ele também alertou que há pessoas que apoiam esse tipo de intervenção, alertando para possíveis efeitos futuros: “As pessoas da direita estão loucas por apoiar isso, porque isso será usado contra vocês.” O podcaster questionou, ainda, a influência de indivíduos considerados elitistas, referindo-se às chamadas “lagartos globalistas”, numa teoria conspiratória, sugerindo que há interesses esperando para manipular a censura.
Críticas à postura de Trump
O ex-presidente Donald Trump foi mencionado por Rogan ao criticar sua reação à suspensão de Kimmel. Trump celebrizou-se ao apoiar a ação após anos de críticas às piadas do apresentador, chegando a alegar que as críticas de Kimmel eram ilegais. “Trump não só comemorou a suspensão de Kimmel, como também disse que as piadas dele eram ilegais”, afirmou Rogan.
Segundo o também empresário, Trump chegou a tentar influenciar nas redes sociais, tweetando mensagens negativas sobre o apresentador antes de sua volta ao ar, apesar de o episódio ter ocorrido antes do reassentamento de Kimmel na TV. Rogan considerou isso absurdo: “Como você consegue tempo, enquanto governa o mundo, para ficar twittando que não gosta de apresentadores de talk show?”
Comentário sobre o episódio de Kimmel
Rogan afirmou que, embora a piada de Kimmel sobre Charlie Kirk, suposto assassino, não tenha sido totalmente precisa, ela não foi ofensiva demais e gerou uma situação engraçada. Ele previu que Kimmel voltaria ao ar após uma suspensão breve, como aconteceu, e que Trump continuaria a criticar o humorista via Twitter.
Evolução nas opiniões de Rogan
Embora tenha apoiado Trump na campanha de 2016, Rogan tem mudado seu posicionamento ao longo do tempo. Ele criticou o presidente em relação às investigações sobre Jeffrey Epstein e às alegações de fraude eleitoral de 2020, negando qualquer comprovação para as hipóteses de que a eleição teria sido roubada.
“Tenho minhas dúvidas sobre essas histórias que vêm sendo espalhadas”, disse Rogan, reforçando seu posicionamento crítico frente às narrativas mais conspiratórias do atual governo.
O episódio, que originalmente foi publicado pelo HuffPost, mostra um Rogan mais consciente das questões de liberdade de expressão e da política brasileira e americana, refletindo as mudanças que vem adotando ao longo dos anos.
