Brasil, 26 de setembro de 2025
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Homem é condenado por feminicídio em Igarapava, SP

Cleber Balduino de Oliveira foi condenado por matar e enterrar a ex-companheira, Maria de Fátima Batista Silva, em setembro de 2024.

No dia 25 de outubro de 2025, a Justiça em Igarapava, São Paulo, proferiu a sentença contra Cleber Balduino de Oliveira, condenado por homicídio qualificado e feminicídio, pela morte de sua ex-companheira, Maria de Fátima Batista Silva. O caso, que chocou a comunidade local, trouxe à tona questões sobre a violência doméstica e os desafios enfrentados pelas mulheres em relações abusivas.

O crime e a descoberta do corpo

Maria de Fátima foi vista pela última vez em 26 de setembro de 2024, quando imagens de câmeras de segurança registraram sua entrada na casa de Cleber, seu ex-namorado. Desde então, a mulher permaneceu desaparecida, gerando preocupações entre amigos e familiares. As gravações não mostraram a saída dela do local, o que levantou suspeitas sobre a presença do ex-companheiro.

O corpo de Maria foi descoberto 12 dias após seu desaparecimento, enterrado em uma área de canavial. A localização foi revelada por Cleber, que confessou o crime durante o interrogatório policial. O tribunal considerou as evidências de seus atos e a natureza violenta do crime, impondo uma pena severa a Cleber, que já se encontrava detido.

Relacionamento conturbado e histórico de violência

Amigos e familiares relataram a polícia sobre o relacionamento conturbado entre Cleber e Maria de Fátima, que já havia sofrido ameaças e demonstrações de ciúmes excessivos por parte do ex-companheiro. Segundo depoimentos, mesmo após o término do relacionamento em julho de 2024, Cleber continuava a procurar por Maria e a proferir ameaças. A amiga que procurou a polícia informara que Maria demonstrava medo da reação de Cleber e que a separação do casal não estava facilitando a convivência pacífica entre eles.

A confissão e a reação da comunidade

Após o crime, Cleber deu uma versão dos acontecimentos que não se sustentou diante das evidências, alegando que Maria tinha ido embora após uma reunião casual entre amigos. No entanto, a versão foi rapidamente contestada pelas provas coletadas pelos investigadores, incluindo as imagens das câmeras de segurança e o estado em que sua casa foi encontrada, que mostrava sinais de limpeza excessiva.

A condenação de Cleber foi recebida com alívio pela comunidade, mas também abriu um debate sobre a violência de gênero e as medidas de prevenção necessárias para proteger as mulheres de relacionamentos abusivos. Muitas pessoas se mobilizaram nas redes sociais para manifestar seu apoio à causa e exigir políticas públicas mais eficazes no combate à violência contra a mulher.

A importância de denunciar

Infelizmente, a história de Maria de Fátima não é um caso isolado. Muitas mulheres enfrentam situações similares de violência e abuso em seus relacionamentos. Especialistas alertam para a necessidade de um suporte psicológico e legal adequado para vítimas de violência, além de campanhas educacionais que incentivem a denúncia e a busca por ajuda.

O caso de Maria destaca a importância da escuta e do acolhimento das mulheres que denunciam abusos, bem como a urgência em reforçar as estratégias de combate à violência de gênero. Organizações têm trabalhado para fornecer informações, recursos e suporte às vítimas, mas é fundamental que a sociedade como um todo se una para criar um ambiente seguro e respeitoso.

Como buscar ajuda

Para mulheres que se encontram em situações de violência, é vital buscar ajuda imediatamente. A Central de Atendimento à Mulher, através do número 180, está disponível 24 horas por dia, oferecendo suporte e orientação. Também é recomendável que as vítimas procurem um advogado ou entidades de defesa dos direitos da mulher para conhecer seus direitos e opções legais.

O trágico destino de Maria de Fátima Batista Silva deve nos lembrar que a luta contra a violência de gênero ainda está longe de acabar, e a educação e a solidariedade são ferramentas essenciais na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

Para mais detalhes sobre o caso e outras notícias da região, continue acompanhando o g1 Ribeirão Preto e Franca.

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