Com a expiração do financiamento federal prevista para esta quarta-feira, os democratas nos Estados Unidos enfrentam um dos maiores desafios da era Trump: arriscar um shutdown para garantir avanços na área de saúde ou aceitar uma proposta provisória dos republicanos. O deputado Greg Casar, líder do Caucus Progressista, defende que os democratas não podem mais aceitar migalhas e precisam lutar por direitos essenciais.
Sem concessões, democratas pressionam por avanços em saúde
Casar, de 36 anos, e representante do Texas, destacou que a base democrata espera que os legisladores se posicionem firmemente em defesa de temas como saúde, salários e direitos civis. “Este momento é decisivo para mostrarmos que somos o partido que luta pelos trabalhadores”, afirmou em entrevista à TIME nesta sexta-feira. “Se não fizermos isso agora, nossos eleitores vãoquestionar o que estamos dispostos a defender.”
Apesar de o Congresso ter limitações, a voz de Casar simboliza a pressão interna sobre a liderança do partido para adotar uma postura mais firme. A decisão final dependerá dos senadores democratas, que terão que decidir se irão votar a favor ou contra a proposta do bloqueio parlamentar.
Expectativas e o impacto da política de ameaças
Pessoas ouvidas em pesquisas indicam que a maioria dos eleitores democratas deseja uma postura combativa na área de saúde, mesmo que isso signifique uma paralisação prolongada do governo. Contudo, o clima se intensificou com a ordem do Escritório de Orçamento da Casa Branca para preparação de demissões em massa, caso o financiamento não seja aprovado — uma estratégia que o governo Trump reforçou, tentando culpar os democratas por um eventual shutdown.
Clima no Congresso e a pauta da filiação partidária
Segundo Casar, os democratas estão conscientes da gravidade da situação. “Nossos eleitores querem que nos posicionemos e lutemos pelo bem-estar de todos, contra a ameaça de cortes de serviços essenciais”, afirmou. “Se os democratas recuarem agora, colocaremos em risco nossa credibilidade perante o público.”
A disputa reflete um momento de polarização, onde a Ray do confronto e a estratégia de resistência assumem protagonismo. A decisão de resistir ou ceder no curto prazo pode definir o futuro do partido e seu relacionamento com os eleitores, especialmente em preparação às eleições de meio de mandato no próximo ano.