Brasil, 26 de setembro de 2025
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CPI investiga repasse de R$ 1,6 milhão para irmã de Careca do INSS

A CPI apura um suposto esquema de lavagem de dinheiro conexo à figura de Careca do INSS e sua família.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) estabelecida para investigar fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tem se concentrado nas recentes revelações de um suposto esquema de lavagem de dinheiro envolvendo Careca do INSS, seu ex-sócio e membros de sua família. O foco da investigação gira em torno de um pagamento de R$ 1,6 milhão destinado a Clélia Antunes, irmã de Careca, levantando preocupações sobre a legitimidade dessas transações financeiras.

A origem das investigações

As investigações, conduzidas pela Polícia Federal, apontam que o valor em questão foi transferido para Clélia em julho de 2020. O requerimento que detalha esse repasse foi apresentado pelo relator da CPI, Alfredo Gaspar, filiado ao União Brasil de Alagoas. A movimentação foi identificada em um Relatório de Inteligência Financeira (RIF), elaborado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que é responsável por monitorar operações que possam estar ligadas a crimes como lavagem de dinheiro.

O depoimento de Careca do INSS

Durante seu depoimento na CPI, Careca do INSS se esquivou de responder perguntas sobre sua irmã e a transação financeira. A sua postura levantou mais suspeitas dentro do contexto das investigações em curso e provocou a convocação de outros membros de sua família para prestar depoimento. Entre eles, estão a esposa e o filho de Careca, com o intuito de entender melhor os vínculos e as possíveis ligações com o suposto esquema.

Defesa de Careca e Clélia Antunes

A defesa de Clélia, que não foi localizada para comentários, também não se manifestou oficialmente sobre as alegações. Entretanto, o advogado de Rubens, um dos citados nas investigações, negou qualquer relação com as transações de 2020. Segundo ele, Rubens apenas começou a trabalhar para Antônio Carlos Camilo Antunes, o Careca do INSS, em julho de 2022, e se colocou à disposição da Justiça para esclarecimentos.

Rubens afirmou em depoimento à CPI que nunca foi sócio de Antônio, mas sim um administrador de quatro das suas empresas. Ele alegou ter recebido salário pela sua função, e não qualquer remuneração adicional ou comissões, exceto em meses recentes por um aumento na carga de trabalho.

Clélia, a irmã de Careca do INSS

No momento em que a transferência ocorreu, Clélia ocupava um cargo no Ministério das Cidades, sendo servidora federal há mais de 30 anos. O documento que detalha a operação, que levanta suspeitas, é parte de um conjunto mais amplo de investigações sobre corrupção e lavagem de dinheiro que afetam diretamente a administração pública.

Desdobramentos e próxima etapas da CPI

Com as revelações surgindo a cada depoimento, a CPI aguarda agora a apreciação de requerimentos para convocar Clélia para depor. A evolução da comissão reflete a preocupação com os possíveis danos à integridade do INSS e a confiança pública nas instituições. O resultado dessas investigações pode levar a importantes sanções e reformas, caso sejam comprovadas irregularidades sérias.

A iniciativa da CPI é um passo significativo para apurar responsabilidades e garantir que o uso do dinheiro público seja transparente e responsável. As discussões em torno do caso Careca do INSS não apenas mobilizam a opinião pública e os meios de comunicação, mas também reafirmam a importância de uma fiscalização rigorosa sobre as finanças públicas no Brasil.

À medida que novas informações surgem, a esperança é que a CPI possa trazer à luz todos os aspectos obscuros deste caso, promovendo a justiça e a transparência que a sociedade brasileira tanto clama.

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