Brasil, 26 de setembro de 2025
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Acidentes com bicicletas elétricas dobram no Rio em 2025

Acidentes com bicicletas elétricas aumentam no RJ. Em 2025, 215 ocorrências foram registradas, evidenciando a necessidade de fiscalização.

No último ano, os acidentes envolvendo bicicletas elétricas no Rio de Janeiro apresentaram um aumento alarmante, dobrando em comparação ao mesmo período do ano anterior. Segundo dados recentes do Corpo de Bombeiros, foram registradas 215 ocorrências entre janeiro e setembro de 2025, um considerável salto em relação às 112 reportadas no mesmo intervalo em 2024. Este crescimento acendeu um sinal de alerta, especialmente entre pedestres e ciclistas que utilizam as vias da cidade.

Aumento de acidentes e depoimentos de cidadãos

Os casos registrados não se limitam apenas a colisões entre ciclistas e pedestres; incluem também atropelamentos e, em situações mais graves, incêndios relacionados ao uso inadequado dessas bicicletas. Os usuários e transeuntes têm se manifestado quanto à crescente velocidade com que as bicicletas elétricas circulam pelas calçadas, além da frequência com que os condutores desrespeitam sinais de trânsito. Hildimar Ramos, uma aposentada que costuma passear com seu bebê pela orla, relatou: “A gente vê muito essa situação quando tá fazendo passeio com bebê na orla.”

Outro cidadão, Júlio Campos, operador de equipamentos, compartilhou sua realidade: “Fui atropelado quatro vezes. A maior evidência disso é na hora do almoço, quando os garotos saem do colégio com as bicicletas elétricas. O carro tá parado no sinal, você atravessa na faixa, mas vem alguém do nada e quase te acerta.” Esses depoimentos refletem o temor crescente entre a população que convive diariamente com a mistura de pedestres e ciclistas nas ruas cariocas.

Legislação e regras de circulação

Com a crescente popularidade das bicicletas elétricas, é fundamental que as regras de circulação sejam compreendidas e respeitadas. De acordo com o Conselho Nacional de Trânsito (Contran), as bicicletas elétricas são definidas como aquelas com motor de até 1.000 watts, acionadas pelo pedal, e uma velocidade máxima regulamentada em 32 km/h. Já os autopropelidos, como patinetes e skates elétricos, têm as mesmas especificações. Em contrapartida, os ciclomotores, que podem alcançar até 50 km/h, exigem placa e habilitação específica, além de serem restritos ao tráfego nas ruas.

Para garantir a segurança, a legislação determina que bicicletas, patinetes e skates elétricos que circulam nas calçadas devem respeitar um limite de velocidade de 6 km/h, enquanto nas ciclovias essa velocidade pode chegar até 20 km/h. A falta de fiscalização e a não-compreensão das regras podem resultar em situações perigosas, reforçando a necessidade de um maior controle por parte das autoridades competentes.

Desafios da fiscalização e a resposta da prefeitura

Apesar do aumento das ocorrências e das reclamações, até o momento da publicação desta reportagem, a Prefeitura do Rio não havia respondido aos pedidos de esclarecimento sobre as medidas de fiscalização em relação a esses acidentes. É essencial que a administração pública adote uma postura proativa para enfrentar esse problema crescente, promovendo campanhas de conscientização e reforçando a fiscalização nas vias públicas.

Em meio a esse cenário preocupante, a multiplicação das bicicletas elétricas pelas ruas do Rio de Janeiro apresenta uma oportunidade e um desafio. É necessário que todos, desde os ciclistas até os pedestres e motoristas, entendam a importância de um convívio harmônico e seguro nas cidades. Apenas assim será possível transformar o que deveria ser um meio de transporte sustentável em uma alternativa segura para todos os cidadãos.

Em conclusão, o aumento dos acidentes com bicicletas elétricas no Rio de Janeiro deve servir como um chamado para reflexão e ação. A responsabilidade compartilhada entre usuários e autoridades pode criar um ambiente mais seguro e acolhedor para todos que utilizam as vias da cidade.

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