A Starbucks anunciou nesta quinta-feira (25) a fechamento de centenas de lojas e a demissão de 900 funcionários em sua sede, como parte de uma estratégia para revitalizar a marca e enfrentar a desaceleração nas vendas. A medida faz parte do plano do CEO Brian Niccol, que assumiu o comando há um ano com foco em ajustes na operação e no portfólio de produtos.
Fechamento de lojas e reestruturação
Com 18.734 unidades na América do Norte em junho, a rede projeta encerrar setembro com aproximadamente 18.300 lojas, o que representa cerca de 1% do total. Segundo Niccol, os pontos que serão fechados são aqueles considerados incapazes de proporcionar a experiência desejada pelos clientes ou sem viabilidade financeira. Os custos dessa reestruturação estão estimados em US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,36 bilhões).
Redução no quadro de funcionários
Além do encerramento de lojas, a Starbucks anunciou a demissão de 900 funcionários, somando-se às 1.000 dispensas realizadas em fevereiro. Os funcionários afetados serão comunicados nesta sexta-feira (26) e receberão pacotes de rescisão e apoio para recolocação. A companhia também informou que diversas vagas abertas serão encerradas, refletindo uma reação ao cenário de dificuldades financeiras.
Plano de expansão e melhorias na experiência do cliente
Apesar das reduções, a Starbucks garantiu que continuará investindo em expansão e melhorias. Mais de mil unidades passarão por remodelações, com ambientes mais acolhedores, novas cores e maior disponibilidade de tomadas. No cardápio, serão feitas reduções de itens, além da inclusão de novidades como toppings proteicos, água de coco e uma linha renovada de pães e croissants.
Desafios internos e resultados de mercado
Desde sua chegada, Niccol tem enfrentado resistência interna diante de mudanças. Alterações de uniformes geraram processos trabalhistas, e o aumento na oferta de novos drinques elevou a pressão sobre os baristas em horários de pico. As ações da Starbucks acumulam queda de 12% neste período e as vendas ainda não mostram sinais de recuperação consistente, indicando o desafio de revitalizar a marca no mercado competitivo.
Segundo análises do setor, as medidas tomadas pelo CEO representam uma tentativa de restaurar a rentabilidade e melhorar a experiência em pontos físicos, ainda que os resultados concretos ainda estejam por ser consolidados.
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