Brasil, 25 de setembro de 2025
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Piauí é o principal produtor de pó de carnaúba do Brasil

Piauí lidera a produção de pó de carnaúba, mas enfrenta significativa queda na produção em 2024, afetando o mercado e a economia local.

O Piauí, reconhecido por sua rica cultura e recursos naturais, também se destaca como o maior produtor de pó de carnaúba do Brasil, representando 53,5% da produção nacional. Em 2024, o estado alcançou 8,04 mil toneladas de carnaúba, mas a produção apresentou uma preocupante queda de 7,4% em comparação ao ano anterior. Esta situação não é isolada, já que outros produtos extrativistas, como o carvão vegetal, também enfrentam desafios significativos.

Aumento na produção, mas queda na demanda

Nos últimos anos, a produção de pó de carnaúba no Piauí tem sido marcada por uma queda contínua, um fenômeno que preocupa especialistas e produtores. O município de Piracuruca é o grande destaque, com 394 toneladas produzidas, mas a diminuição na produção reflete uma redução na demanda do mercado, acompanhada por questões como falta de mão de obra e aumento dos custos operacionais. Pedro Andrade, chefe da Seção de Pesquisas Agropecuárias do IBGE no Piauí, enfatiza que a combinação desses fatores tem contribuído para a estagnação do setor.

Um cenário desafiador

Apesar da queda na produção, o valor total gerado pela venda do pó de carnaúba subiu 2,7% em relação a 2023, totalizando R$ 122,3 milhões. Entretanto, esse valor permanece abaixo do que foi registrado entre 2019 e 2022, indicando um mercado instável e repleto de incertezas. A produção total de pó de carnaúba em todo o Brasil também apresentou uma redução de 5,6% em 2024, somando 15,04 mil toneladas. Exceto pelo Rio Grande do Norte, que teve um aumento de 20% na produção, os demais estados demonstraram declínios significativos.

Impacto no carvão vegetal no Piauí

Outro panorama preocupante é a produção de carvão vegetal, que registrou uma queda drástica de 73,06% nos últimos dez anos. Em 2024, o Piauí produziu apenas 41,7 mil toneladas, uma queda acentuada em relação às 154,8 mil toneladas de 2015. Esse declínio também afetou o valor de mercado, reduzindo de R$ 86,9 milhões para R$ 48,9 milhões no mesmo período. A cidade de Corrente, que lidera a produção de carvão vegetal, contribuiu com 7,7 mil toneladas, o que equivale a 18,4% da produção total do estado. Outros municípios como Nazaré do Piauí e Porto Alegre do Piauí também estão entre os responsáveis pela produção significativa do carvão.

Reflexões sobre o futuro do extrativismo no Piauí

A situação do pó de carnaúba e do carvão vegetal no Piauí levanta questões sobre o futuro do extrativismo no estado. A falta de mão de obra qualificada e os altos custos operacionais dificultam a recuperação do setor, que é vital não apenas para a economia local, mas também para a preservação da cultura e do modo de vida de muitos piauienses. Iniciativas que promovam a valorização da produção local, assim como a capacitação dos trabalhadores, podem ser essenciais para revitalizar a extração desses produtos.

É fundamental que as autoridades estejam atentas ao que está acontecendo no setor extrativista e busquem soluções para apoiar os produtores. O fortalecimento da cadeia de produção da carnaúba e do carvão vegetal poderá trazer benefícios não apenas para esses setores, mas para toda a economia do Piauí, que depende da diversificação e sustentabilidade de suas atividades econômicas.

Para quem pretende acompanhar de perto os desdobramentos desse cenário, a situação do Piauí e a evolução de sua produção podem ser acompanhadas através de instituições como IBGE e por meio de notícias regionais. Com a implementação adequada de políticas públicas e o incentivo à produção sustentável, é possível que o Piauí volte a se consolidar como um importante polo extrativista no Brasil.

Com a necessidade de adaptação às novas demandas do mercado e ao fortalecimento das capacidades locais, o Piauí enfrenta um momento desafiador, mas também repleto de oportunidades para inovar e se reerguer.

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