Brasil, 25 de setembro de 2025
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Painel discute o impacto da agenda social no ESG

Painel no Agenda ESG 2025 destaca desafios e oportunidades em projetos sociais com especialistas que compartilham experiências e estratégias.

No último encontro da Agenda ESG 2025, especialistas se reuniram para discutir “O Impacto da Agenda Social”, abordando os desafios e oportunidades do setor social no contexto das práticas ESG (Environmental, Social, and Governance). O evento, que contou com a presença de moderadores e especialistas de diferentes áreas, enfatizou a importância da agenda social para um desenvolvimento sustentável e ético nas comunidades.

A importância do diálogo e a troca de experiências

Moderado pelo economista Gesner Oliveira e pela Gerente de Projetos e Relações Institucionais do Grupo Tribuna, Arminda Augusto, o painel reuniu três especialistas com bagagens distintas em projetos sociais: Neide Santos, fundadora do projeto Vida Corrida; Rodrigo Alonso, co-fundador e diretor do Instituto Elos; e Jefferson da Silva Junior, coordenador de sustentabilidade da Ecovias. A diversidade de experiências trouxe uma visão abrangente sobre como fazer a diferença na vida das comunidades.

Antes do painel, Neide Santos inspirou os participantes com sua trajetória de quase três décadas à frente do projeto Vida Corrida, que visa promover a prática esportiva e atender demandas da comunidade. Sua fala serviu como um poderoso exemplo de como um projeto social pode se consolidar e ter um impacto duradouro, mostrando a importância da escuta ativa e da resposta às necessidades da população.

Desafios enfrentados

Rodrigo Alonso partilhou sua visão sobre a complexidade do trabalho social. Desde os tempos de faculdade de arquitetura, ele se questionava sobre como atuar em áreas cuja população muitas vezes é esquecida. “Fazer o ‘bem’ bem feito demanda muita técnica e conhecimento. Fazer o social é o trabalho mais difícil do mundo”, destacou. Ele relatou o case do projeto “Arte no Dique”, que se iniciou em 1999, com a construção de creches em comunidades que careciam de espaços educativos.

A essência do seu discurso evidenciou que, para ter sucesso, projetos precisam ser planejados com uma visão de longo prazo. “Demorou 20 anos para isso acontecer. Temos que pensar sempre no longo prazo”, enfatizou Alonso, reforçando que as intervenções sociais devem ser sustentáveis e ter continuidade.

Estratégias para a longevidade dos projetos sociais

Jefferson da Silva Junior trouxe à discussão a importância de alinhar projetos sociais a iniciativas corporativas. Ele destacou que a Ecovias opera em um contexto diversificado, com diferentes realidades sociais e ambientais. Para que os projetos façam sentido, é essencial conhecer as demandas das comunidades. “Precisamos conversar com stakeholders e empresas também para definir o que podemos fazer”, afirmou.

O viveiro de mudas da Ecovias é um exemplo de projeto que alia sustentabilidade e inclusão. Criado para cultivar mudas nativas da Mata Atlântica, o projeto também tem compromisso com a inclusão social, oferecendo emprego a pessoas com deficiência.

A autenticidade nos projetos sociais

Neide Santos lembrou que o sucesso do Vida Corrida vem de escutar as demandas da comunidade. “Tudo o que fazemos sempre vem de necessidades. Nós nunca entramos com ideias ‘geniais’.” Essa escuta ativa é fundamental para que os projetos sejam realmente relevantes e atendam às expectativas da população.

Rodrigo Alonso também enfatizou a importância da autenticidade: “Você tem que ser verdadeiro. E quando você faz junto com as pessoas, isso traz uma verdade muito grande.” Ele criticou a ideia de que soluções impostas por pessoas que não conhecem as realidades locais são eficazes—destacando que soluções devem ser construídas em conjunto.

Ética e avaliação de projetos

Jefferson da Silva Junior assegurou que a estruturação e a avaliação de projetos sociais dentro das empresas devem seguir critérios éticos rigorosos. “A questão da ética é fundamental”, alertou. Para ele, é essencial que um projeto não contrarie os valores da empresa que o apoia, garantindo assim a credibilidade e a integridade das iniciativas de responsabilidade social.

Lições aprendidas e um olhar para o futuro

O painel concluiu que o sucesso de projetos sociais na agenda ESG está diretamente ligado à escuta ativa das comunidades, ao planejamento de longo prazo, à sustentabilidade financeira e ao alinhamento ético com os valores organizacionais. Fazer o bem “bem feito” exige técnica, conhecimento e, acima de tudo, autenticidade nas relações.

A discussão deixou clara a necessidade de que a agenda social do ESG ultrapasse ações pontuais de responsabilidade social. É imprescindível que haja estratégias estruturadas, processos rigorosos de avaliação e um comprometimento genuíno com a transformação social sustentável.

Em um mundo em constante transformação, projetos sociais com esses princípios têm o potencial de causar um impacto significativo e duradouro, promovendo assim um futuro mais justo e sustentável para todos.

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