Brasil, 25 de setembro de 2025
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Ministério do turismo no Brasil passa por mudanças após saída de Sabino

Com a iminente saída do ministro Celso Sabino, Lula deve decidir futuro do Ministério do Turismo e nomes cotados para a sucessão.

Após sua participação na Assembleia Geral das Nações Unidas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta um momento decisivo em seu governo: a saída do atual ministro do Turismo, Celso Sabino (União-PA). Com o rompimento do União Brasil com a gestão Lula, a expectativa é que Sabino formalize seu pedido de demissão ao longo desta semana. Essa mudança poderá afetar não apenas a estrutura do ministério, mas também a estratégia do governo a longo prazo.

Crises e mudanças políticas

A saída de Sabino está diretamente relacionada ao ultimato dado pelo União Brasil, que exigiu a entrega de cargos por parte de seus membros no governo. O político paraense já se mostra disposto a iniciar uma nova fase em sua carreira e pretende emplacar a secretária-executiva do Turismo, Ana Carla Machado Lopes, como sua sucessora. Em meio a esse cenário, o presidente Lula terá a missão de decidir quem assumirá a pasta em um momento crucial para o setor, que se reinventa após os desafios impostos pela pandemia.

Possíveis sucessores para o Ministério do Turismo

Além de Ana Carla Lopes, outros nomes estão sendo considerados para o cargo. Segundo fontes próximas ao ministério, Cristiane Leal Sampaio, atual secretária nacional de Políticas de Turismo, também é uma forte candidata. Sampaio possui uma formação sólida em comunicação social e uma trajetória que a liga a cargos importantes no governo anterior.

Por outro lado, o atual presidente da Embratur, Marcelo Freixo (PT-RJ), surge como uma opção atrativa. A indicação de Freixo é apoiada por uma ala do Partido dos Trabalhadores (PT), mas isso depende de sua intenção em concorrer às eleições do próximo ano. Se optar por essa vertente, Freixo precisaria abandonar o cargo em abril, o que levanta questionamentos sobre sua viabilidade à frente da pasta.

Impactos da saída de Sabino

A saída do ministro do Turismo se alinha a outras mudanças no ministério e revela um cenário político conturbado. A decisão do União Brasil de se retirar do governo foi antecipada, após acusações envolvendo seu presidente. Essa situação faz com que ministros de outros setores, ligados ao União Brasil, também fiquem sob pressão. No entanto, o ministro das Comunicações e o da Integração Regional, que são da cota do presidente do Senado, provavelmente não perderão seus cargos.

O papel das conferências internacionais

A realização da 30ª Conferência das Partes (COP30), que acontecerá em Belém, no Pará, em novembro, adiciona um fator de complexidade à transição no Ministério do Turismo. A conferência é um evento significativo para o investimento no turismo brasileiro e a presença de Sabino poderia servir como um trampolim em sua possível candidatura ao Senado de 2026. Portanto, essa saída também provoca especulações sobre a futura trajetória política de Sabino e sua relação com Lula.

Papel da presidência da ONU Turismo

Celso Sabino não está apenas à frente do Ministério do Turismo; ele também ocupa a presidência da ONU Turismo, onde busca a reeleição. Ser o primeiro brasileiro a presidir esse órgão confere relevância internacional à sua imagem e à do Brasil. A possibilidade de sua reeleição poderia ser um trunfo não só para sua carreira, mas também para a imagem do país no exterior.

Enquanto Lula se prepara para tomar decisões delicadas sobre o futuro do Ministério do Turismo, a instabilidade gerada pelo rompimento do União Brasil traz à tona novas dinâmicas políticas e oportunidades para renovação dentro do governo. O sucesso dessa transição poderá influenciar diretamente como o Brasil será percebido na arena internacional, especialmente em um momento em que a sustentabilidade e a conectividade turística são mais relevantes do que nunca.

A saída de Celso Sabino do Ministério do Turismo será oficializada nas próximas semanas, e a expectativa é que o presidente Lula ouça as sugestões antes de tomar a decisão final sobre o futuro da pasta e de quem a liderará. Com tantos desafios à frente, a escolha do novo ministro será crucial para revitalizar o setor e moldar a agenda turística do Brasil nos próximos anos.

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