Brasil, 25 de setembro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Galeão deve alcançar 30 milhões de passageiros em três anos

Previsão do ministro dos Portos e Aeroportos aponta crescimento do Aeroporto Internacional do Rio para fortalecer logística e turismo

O Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro – Antonio Carlos Jobim, o Galeão, deve passar de 18 milhões para 30 milhões de passageiros nos próximos três anos, segundo previsão do ministro Silvio Costa Filho. A projeção foi anunciada nesta quinta-feira (25), durante assinatura do termo de repactuação do contrato de concessão do aeroporto, em uma das salas VIPs do terminal.

“Saímos de pouco menos de 5 milhões de passageiros, em 2023, para mais de 18 milhões neste ano, e a projeção é alcançar 30 milhões nos próximos três anos. Essa reestruturação fortalece o turismo, a logística e a geração de emprego e renda, reafirmando o papel do Galeão como um ativo estratégico para o Brasil”, afirmou Costa Filho.

Contexto e controle acionário

Controlado pela RIOgaleão, uma concessionária formada pelo grupo singapurês Changi Airports International e pelo Vinci Compass, do Brasil, o Galeão tem 51% da operação. Os outros 49% pertencem à Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), ligada ao Ministério de Portos e Aeroportos.

A concessão, iniciada em 2014 com um lance de R$ 19 bilhões, foi alvo de renegociações após a pandemia de covid-19, que afetou a movimentação no terminal. Na época, o grupo controlador chegou a manifestar intenção de devolver a operação, mas após negociações concluídas em 2024, o acordo reforçou o potencial do aeroporto como hub da América do Sul.

Reconfiguração do contrato e crescimento

Dentre as mudanças, destaque para a nova forma de pagamento da outorga, que será baseada em 20% do faturamento bruto anual da concessionária, atualmente fixada em cerca de R$ 1 bilhão. O prazo de concessão, originalmente até 2039, deve ser estudado para possível extensão.

Segundo o ministro Costa Filho, o crescimento do Galeão também possibilita uma liberação gradual do limite de passageiros no Aeroporto Santos Dumont, que atualmente é de 6,5 milhões anuais. Com essa estratégia, busca-se ampliar a capacidade de ambos os terminais sem cannibalização.

Repercussões e interesse de investidores

O secretário-executivo do ministério, Tomé Franca, reforça que o acordo traz segurança jurídica para investidores, destacando que o Brasil é um ambiente favorável ao desenvolvimento econômico.

O presidente da Riogaleão, Alexandre Monteiro, salientou que a repactuação reflete a necessidade de ajustar o contrato às modernas práticas de concessão no país, beneficiando usuários e a economia local.

Para março de 2026, está prevista a venda assistida do Galeão, com lance mínimo de R$ 932 milhões, considerando valor de mercado de cerca de 40% a 50% dessa quantia, a ser pago pela Infraero para vender sua participação de 49% ao vencedor.

Perspectivas futuras e concorrência regional

As autoridades apontam que a valorização do aeroporto atrai interesse de investidores, com a maior controladora, Vinci Compass, adquirindo 70% das ações da Changi. O governo também avalia a possibilidade de ampliar a operação do Galeão, que deve se consolidar como principal hub internacional do Brasil, frente à restrição de voos no Santos Dumont.

O crescimento do movimento no Galeão chega em um momento de disputa política com o Aeroporto Santos Dumont, controlado pela Infraero, que passa por modernizações e obras de ampliação. O ministro Costa Filho destacou que, a partir de março, será possível ampliar gradativamente a capacidade de ambos os terminais.

Futuro da Infraero e investimentos

Com a maior privatização de aeroportos ocorrida nos últimos anos, atualmente 90% do movimento doméstico é realizado em aeroportos concedidos à iniciativa privada. O Santos Dumont, controlado pela estatal, continua sem previsão de concessão, mas o ministro sinais que esse debate pode ocorrer no futuro.

Investimentos em obras estruturais continuam em andamento no Santos Dumont, com R$ 450 milhões previstos, incluindo melhorias na pista e nos banheiros. A tendência é que a Infraero concentre seus esforços em aeroportos regionais, fortalecendo essa atuação no Brasil.

A repactuação do Galeão marca uma nova fase na mobilidade aérea do Rio de Janeiro e do país, ampliando o potencial de crescimento e de atração de investimentos internacionais.

Para mais detalhes, acesse a fonte oficial.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes