Um estudo realizado pelo Centro de Pesquisa Aplicada na Igreja da Universidade de Georgetown, em parceria com o Instituto McGrath, revelou que a maioria dos bispos e diretores de vocações nos Estados Unidos está satisfeita com os programas de formação sacerdotal. Contudo, foram identificadas lacunas nas avaliações relacionadas a disabilidades de aprendizagem e na análise de tendências para comportamentos potencialmente perigosos.
Gaps na avaliação de saúde mental e vulnerabilidades
A pesquisa, divulgada em junho, concluiu que há uma percepção generalizada de que as avaliações psicológicas não detectam adequadamente transtornos de aprendizado ou de desenvolvimento. Segundo o estudo, somente 16% a 17% dos respondentes confiaram na eficácia dessas avaliações para identificar dificuldades relacionadas ao funcionamento cognitivo ou a comportamentos inadequados.
O relatório aponta que, apesar da confiança na importância das avaliações psicológicas na seleção inicial de candidatos ao seminário, menos de 60% dos bispos acreditam que esses exames possam prever o desempenho futuro como sacerdote. A maioria também expressou maior segurança na avaliação do crescimento espiritual e na reflexão pessoal dos aspirantes ao sacerdócio.
Confiança limitada em saúde física e mental
Quanto à saúde física e mental, a confiança é maior em aspectos relacionados ao crescimento espiritual, com cerca de 55% a 59% dos respondentes afirmando estarem “muito confiantes” nesse campo. Já na avaliação de questões de saúde mental, como o manejo de neuroses ou patologias menores, a confiança cai para 19% a 21%. Para condições médicas ou limitações físicas, esse índice é ainda menor, entre 17% e 22%.
Dificuldades na avaliação de orientações sexuais e comportamentos indevidos
O estudo revelou que há uma significativa preocupação com a avaliação da orientação sexual e do gerenciamento de comportamentos compulsivos ou potencialmente prejudiciais. Apenas 8% a 22% dos especialistas confiam na formação dos seminários nesses aspectos, demonstrando uma lacuna importante na preparação dos candidatos.
Perspectivas futuras na seleção de candidatos
Apesar de todos os entrevistados considerarem essenciais as avaliações psicológicas iniciais, a maioria acredita que esses exames têm limitação na previsão do desempenho sacerdotal ao longo do tempo. A pesquisa evidencia a necessidade de aprimoramentos nos processos de triagem, especialmente em relação às vulnerabilidades mais sensíveis e aos riscos de riscos para menores.
Segundo o relatório, as instituições envolvidas reconhecem a importância de fortalecer esses mecanismos para garantir uma formação mais segura e eficaz. A expectativa é que futuros estudos e políticas possam focar na ampliação da confiabilidade das avaliações, contribuindo para a segurança e o bem-estar tanto dos candidatos quanto da comunidade.
Para mais informações, acesse a fonte oficial do estudo aqui.