A oficial de justiça que tenta intimar Mendes, proprietário da extinta Hurb, relatou dificuldades desde sua soltura em julho, alegando que nunca foi recebido pelo réu em seu endereço na Barra da Tijuca, na Zona Sudoeste do Rio de Janeiro. Mesmo em casa, Mendes costuma receber apenas jardineiros, pedreiros e diaristas, nunca a oficial de justiça.
Recusa de atender e alegações de tratamento psiquiátrico
Numa denúncia apresentada ontem ao 9º Juizado Especial Criminal, a oficial de justiça afirmou que Mendes se recusou a recebê-la e que não foi apresentado nenhum laudo psiquiátrico que comprove sua alegada incapacidade de entender o teor do mandado. Ela destacou: “Nunca foi franqueada minha entrada na residência, nem fui atendida pelo citando, não sendo também apresentado laudo psiquiátrico comprovando a informação”.
Segundo a oficial, a tentativa de notificação ocorre após a Justiça determinar a realização de perícia para avaliar a sanidade mental de Mendes. A perícia foi solicitada pela defesa do empresário, que alega que ele sofre de transtorno “psicótico maníaco-depressivo” e, portanto, não teria condições de compreender a natureza do procedimento judicial no momento da prisão por furto.
Desafios na condução do processo
Desde a libertação, Mendes tem tido dificuldades de contato com os oficiais de justiça, o que dificulta o andamento do processo. A situação levanta questionamentos sobre a elaboração e validade do laudo psiquiátrico que atestaria sua incapacidade de participar do processo, além de reforçar as dificuldades enfrentadas por autoridades na condução de casos envolvendo pessoas com transtornos mentais.
Implicações jurídicas e próximas etapas
O caso está atualmente sob análise do 9º Juizado, que aguarda os resultados da perícia para determinar a continuidade ou suspensão do procedimento. Mendes permanece foragido, evitando o contato com os oficiais de justiça, o que pode impactar no andamento do julgamento.
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