Brasil, 25 de setembro de 2025
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Democratas rebatem ameaças de cortes massivos pelo governo federal

Líderes democratas prometem resistir às ameaças de demissões em massa se o governo fechar as portas na próxima semana

Os líderes democratas afirmaram nesta sexta-feira (29) que não irão se intimidar com a ameaça da Casa Branca de realizar uma nova rodada de demissões em massa, caso o governo federal encerre suas operações devido a um impasse orçamentário. A postura ocorre em meio às iminentes deliberações para evitar o shutdown, previsto para a próxima semana.

Resposta firme dos democratas às ameaças do governo

Senador Chuck Schumer, líder da minoria no Senado, classificou a ameaça como uma tentativa de intimidação. “Donald Trump já demitiu servidores públicos desde o primeiro dia, não para governar, mas para assustar”, disse Schumer, reagindo a um memorando do Escritório de Orçamento de Administração (OMB) que orienta as agências federais a planejar cortes de pessoal em caso de shutdown. O democrata afirmou que as ações do governo têm “nada a ver com o financiamento do governo” e que as demissões potencialmente devastadoras “serão revertidas na Justiça ou os trabalhadores serão recontratados pelo governo, como ocorreu recentemente nesta semana”.

Resistência dos democratas às tentativas de pressão

Já o líder da oposição na Câmara, Hakeem Jeffries, reforçou a posição de resistência. “Não vamos nos deixar intimidar por sua ameaça de demissões em massa”, declarou, chamando Russell Vought, chefe do OMB, de “hack político maligno”. Jeffries ressaltou que os democratas bloqueiam qualquer tentativa de aprovar um projeto de lei provisório para estender o orçamento federal até 21 de novembro, a menos que o texto inclua reversões em cortes de bilhões de dólares em programas como o Medicaid, entre outras demandas.

Contexto e possíveis desdobramentos

O memorando divulgado nesta semana pelo OMB orienta as agências a considerarem a demissão de funcionários relacionados a programas cujo financiamento expira na próxima semana ou que não tenham outra fonte de recursos. Diferente das demissões temporárias ocorridas em shutdowns anteriores, essas cortes permanentes poderiam afetar de forma mais duradoura os servidores públicos, sem garantia de retorno imediato.

Enquanto isso, as negociações entre Republicanos e Democratas continuam travadas. Os democratas continuam bloqueando propostas do Partido Republicano, que busca uma extensão do orçamento até 21 de novembro e inclui cortes orçamentários considerados drásticos pelos democratas. A tentativa de o presidente Donald Trump de se reunir com líderes democratas para evitar o fechamento foi cancelada nesta semana, por ele próprio, nas redes sociais, alegando que as demandas democratas impediam uma discussão produtiva.

Impactos políticos e sociais

Analistas destacam que cada dia de incerteza orçamentária aumenta o risco de prejuízos tanto para o funcionamento do governo quanto para a estabilidade financeira dos servidores públicos. Especialistas afirmam que a postura firme dos democratas pode pressionar a resolução do impasse, mas também eleva as chances de paralisação parcial do setor público, caso o Congresso não decida por uma solução definitiva antes do prazo final.

Segundo estudos do Congressional Budget Office, um shutdown prolongado pode afetar milhões de brasileiros que dependem de serviços públicos essenciais, além de impactar a economia de forma mais ampla. A expectativa é de que as negociações avancem nos próximos dias, mas o cenário permanece de incerteza, com riscos de novas crises políticas.

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