Brasil, 25 de setembro de 2025
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CPI do INSS aprova quebra de sigilo e pede prisão de advogado

A CPI do INSS decidiu pela quebra de sigilo bancário do advogado Nelson Willians, alvo de investigação por fraudes na previdência.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do INSS aprovou, nesta quinta-feira, requerimentos que permitem a quebra de sigilo bancário do advogado Nelson Willians, bem como o envio de um pedido de prisão preventiva ao Supremo Tribunal Federal (STF). Willians é suspeito de envolver-se em fraudes que têm afetado o sistema previdenciário brasileiro. Durante seu depoimento na semana passada, o advogado se negou a assinar um termo de compromisso que o obrigaria a dizer a verdade à CPI, levantando questionamentos sobre sua disposição em cooperar com a investigação.

Defesa de Willians se posiciona sobre as investigações

A defesa de Nelson Willians emitiu uma nota afirmando que o advogado está disposto a colaborar com as autoridades competentes. “Quanto às medidas solicitadas, a defesa acompanhará o trâmite com serenidade e confia que qualquer decisão será tomada em estrita observância à Constituição e às garantias fundamentais asseguradas a todos os cidadãos”, destaca a nota. Essa posição reflete a tentativa do advogado de se distanciar das acusações que o envolvem.

Relacionamento com o empresário investigado

O escritório de Willians prestou serviços para Maurício Camisotti, figura central na investigação e apontado como beneficiário das fraudes envolvendo a previdência. No entanto, Camisotti nega essas alegações. Durante seu depoimento, Willians optou por não responder a muitos questionamentos feitos pelo relator do colegiado, o deputado Alfredo Gaspar (União-AL), mas admitiu conhecer Camisotti e afirmou que a atuação da Polícia Federal (PF) nas investigações foi correta.

Habeas corpus e implicações legais

Apesar de ter conseguido um habeas corpus concedido pelo ministro Nunes Marques, do STF, garantindo o direito de permanecer em silêncio, Willians foi convocado a comparecer à sessão da CPI. Essa situação demonstra a complexidade legal enfrentada pelo advogado no contexto das investigações em curso e reforça as dificuldades que ele e sua defesa devem lidar na busca por sua inocência.

Desdobramentos da Operação Sem Desconto

A prisão de Maurício Camisotti foi determinada pelo STF e é um desdobramento da Operação Sem Desconto, que investiga um esquema bilionário de descontos indevidos em aposentadorias e pensões. Conforme informações apuradas pelo jornal O GLOBO, os investigadores identificaram riscos de fuga e indícios de ocultação patrimonial por Camisotti, o que justificou a ações da CPI e a urgência na aprovação do pedido de prisão preventiva.

Medidas de segurança e apreensão de veículos

Diante da identificação de riscos de fuga tanto de Camisotti quanto de outros investigados, a CPI já havia aprovado, no início do mês, uma solicitação ao STF visando a prisão preventiva e a quebra de sigilo dos envolvidos. O presidente da CPI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), foi forçado a solicitar ajuda à Polícia Legislativa para intimar os dois indivíduos, dada a dificuldade em localizá-los. Essa ação evidencia a gravidade das acusações e a determinação da CPI em garantir que os responsáveis sejam responsabilizados.

As investigações sobre as fraudes no INSS têm levantado preocupações sobre a proteção dos recursos públicos e a ética no exercício da advocacia, refletindo um momento crítico na condução das apurações. A situação continua a se desenrolar, e é esperado que novos desdobramentos ocorram em breve, à medida que as investigações progridem e mais informações venham à tona.

A CPI do INSS se compromete a seguir em frente, garantindo que a verdade prevaleça e que todas as medidas legais necessárias sejam tomadas para desmantelar esquemas fraudulentos que prejudicam os cidadãos brasileiros.

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