No último dia 25 de setembro de 2025, uma clínica odontológica clandestina foi interditada pela Vigilância Sanitária de Campinas, em São Paulo. O imóvel, localizado na Rua Nuno Álvares Pereira, na Vila Nogueira, apresentava sérias irregularidades, incluindo a presença de dejetos de gatos e materiais odontológicos sem a devida esterilização, suscitando a preocupação das autoridades de saúde da região.
Irregularidades evidentes no consultório
A inspeção realizada pela Vigilância Sanitária revelou que a clínica não possuía licença sanitária para operar. Além disso, os utensílios odontológicos encontrados eram antigos e claramente inadequados, uma vez que os procedimentos de esterilização não eram realizados regularmente. As condições de higiene eram consideradas deploráveis, conforme declarado por Ana Heloísa de Lima Vieira, coordenadora departamental da Vigilância Sanitária de Campinas: “Não havia condições higiênico-sanitárias necessárias para a operacionalização do serviço”.
A situação piora ao se considerar que o imóvel também servia como residência para o proprietário, o que resultava na falta de separação entre os espaços utilizados para a prática profissional e a vida pessoal. Não havia entradas independentes ou áreas exclusivas para os serviços odontológicos, o que é fundamental para garantir a segurança e a higiene.
Ambiente comprometido e falta de cuidados com animais
Os problemas estruturais do espaço não paravam por aí. A Vigilância apontou a presença de infiltrações, fiação exposta e móveis deteriorados, todos fatores que comprometiam a segurança do local. Além do mais, a clínica também funcionava como uma residência onde o proprietário criava gatos. Os animais circulavam livremente por todos os cômodos, incluindo aqueles utilizados para a realização de procedimentos odontológicos. Dejetos dos gatos foram encontrados em várias áreas do imóvel, aumentando ainda mais os riscos à saúde dos pacientes.
Ações da Vigilância Sanitária e responsabilidades legais
Diante da situação alarmante, um processo administrativo foi aberto pela Vigilância Sanitária, concedendo ao responsável pela clínica um prazo de dez dias para apresentar sua defesa. Além disso, o Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CRO-SP) será informado sobre as irregularidades encontradas para que possam investigar a atividade do profissional implicado. Essa ação busca não apenas punir, mas também evitar que práticas perigosas como essa se repitam no futuro.
É fundamental que a população esteja consciente da importância de procurar serviços de saúde regularizados e de qualidade, especialmente quando se trata de cuidados como os odontológicos, que envolvem a saúde bucal. Consultórios clandestinos não apenas colocam em risco a saúde coletiva, mas também podem ocasionar complicações sérias para os indivíduos que buscam tratamento.
O papel da vigilância na proteção à saúde pública
A vigilância sanitária desempeha um papel crucial na proteção da saúde pública, fazendo inspeções regulares em estabelecimentos que prestam serviços de saúde e garantindo que atendam a padrões mínimos de higiene e segurança. Este caso em Campinas serve como um alerta sobre a importância de regulamentação e fiscalização adequadas no setor de saúde, ressaltando que a atuação das instituições é vital para a proteção dos cidadãos.
Casos como este nos lembram que, ao optar por tratamentos de saúde, é essencial verificar a regularidade do serviço e as condições das instalações. Apenas assim é possível garantir que os procedimentos realizados sejam seguros e que não comprometam a saúde dos pacientes.
Para mais detalhes sobre a interdição da clínica, acesse a cobertura completa pelo [G1 Campinas](https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2025/09/25/clinica-odontologica-clandestina-e-interditada-em-campinas-imovel-tinha-dejetos-de-animais-e-utensilios-sem-esterilizacao.ghtml).