Em um embate político que promete agitar o cenário eleitoral para 2026, o senador Carlos Portinho (PL-RJ) não poupou críticas ao governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), durante seu discurso na tribuna. Portinho classificou como “inadmissível” a atuação da administração estadual na segurança pública, especialmente à luz de acontecimentos recentes que mancharam a imagem do estado, como os arrastões que ocorreram em Copacabana durante um protesto contra a PEC da Blindagem.
A segurança pública e os arrastões em Copacabana
No último domingo, enquanto a segurança de Copacabana era comprometida por ações criminosas, o senador destacou a ausência de resposta efetiva por parte do governador. Ele declarou: “Enquanto anistiados faziam movimento contra a anistia do momento, Copacabana era tomada de bandidos em cima dos ônibus, descendo e entrando em restaurante e assaltando os consumidores. Isso é inadmissível.” A fala incendiou ainda mais o já turbulento relacionamento entre os políticos, ambos pertencentes ao mesmo partido, o PL.
Reclamações e histórico de críticas
Esta não é a primeira vez que Portinho critica Castro publicamente. Recentemente, o senador postou um vídeo nas suas redes sociais, onde expressou sua indignação em relação à “absoluta incompetência” do governo no combate à criminalidade. Na gravação, ele também se referiu a um assalto que vitimou familiares do senador Flávio Bolsonaro em Resende, representando um aumento da insegurança no estado.
Disputa política e ambições para 2026
Os desentendimentos entre Portinho e Castro estão longe de serem apenas sobre a segurança pública. Nos bastidores da política, eles também refletem uma disputa acirrada por uma vaga no Senado nas eleições de 2026. Castro, que foi reeleito em primeiro turno em 2022, expressou interesse em concorrer novamente, mas seus planos têm se tornado cada vez mais nebulosos, primeiro considerando a candidatura a deputado federal e, em seguida, reafirmando sua intenção de se candidatar ao Senado.
A estratégia de Portinho nas redes sociais
Por outro lado, Portinho tem mostrado sua intenção de permanecer na política e buscar a reeleição. Com uma estratégia que visa ganhar apoio entre setores da direita, ele continua a criticar a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF), posicionando-se como um defensor do combate à corrupção e às falhas na gestão pública. Essa manobra visa não apenas consolidar sua base eleitoral, mas também diferenciar-se das críticas que tem dirigido ao atual governador.
A dinâmica dentro do PL
As tensões entre os dois políticos revelam a fragilidade das alianças dentro do PL. Com a candidatura à reeleição de Flávio Bolsonaro se tornando cada vez mais uma certeza, a disputa pela segunda vaga do Senado acaba sendo a causa de grande discórdia entre Castro e Portinho. Resta saber se essa briga vai se intensificar ou se eles conseguirão, ao menos, manter um ar de cordialidade conforme as eleições se aproximam.
As próximas semanas serão decisivas, tanto para a segurança pública do Rio de Janeiro quanto para os rumos da política local. O que está evidente é que, à medida que a disputa se intensifica, os eleitores ficarão cada vez mais atentos às promessas e críticas feitas pelos candidatos.
Portanto, a atuação de Carlos Portinho pode ser vista não apenas como uma crítica ao governador, mas como uma estratégia para se posicionar como um candidato forte nas eleições que se avizinham, atenta às questões de segurança que tanto preocupam a população carioca.
A disputa entre Portinho e Castro é apenas o prenúncio de uma corrida eleitoral acirrada em 2026, onde segurança pública, alianças políticas e estratégias de campanha poderão definir não apenas o futuro de seus protagonistas, mas também o destino do estado do Rio de Janeiro.
