Brasil, 25 de setembro de 2025
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Análise polêmica de expulsões em partida entre Vasco e Bahia

Confusões com o VAR marcam jogo decisivo; Diniz e Ceni trocam farpas sobre decisões.

No último confronto entre Vasco e Bahia, a atuação do VAR (Árbitro de Vídeo) destacou-se em momentos decisivos, gerando debates acalorados entre técnicos e torcedores. A polêmica girou em torno de duas expulsões, que demonstraram a controvérsia e as diferentes interpretações sobre o uso da tecnologia no futebol brasileiro.

Expulsão de Jean Lucas e o papel do VAR

O principal lance que chamou a atenção ocorreu no primeiro tempo, quando o volante Jean Lucas, do Bahia, foi expulso após uma cotovelada no rosto de Barros. O árbitro de vídeo, Gilberto Rodrigues Castro Junior, analisou a jogada a partir de diversos ângulos. Em suas observações, concluiu que “ele faz um movimento de braço que não precisa” e “pega claramente no rosto do atleta”. Após essa interpretação, o árbitro de campo, João Vitor Gobi, foi chamado para rever a jogada e confirmou a aplicação do cartão vermelho.

O segundo lance e a controvérsia mantida

Nos minutos finais da partida, a atuação do VAR novamente foi questionada. Desta vez, o foco estava em uma entrada dura do jogador Sanabria em Puma. Gilberto afirmou: “O atleta vem com a perna em riste e atinge por cima, não disputa a bola, atinge com intensidade alta a perna do adversário”, ao chamar o árbitro para verificar a infração. Após analisar o lance, Gobi avaliou que houve um “contato com intensidade média” e decidiu manter apenas o cartão amarelo, o que não agradou ao lado baiano.

Reações dos treinadores após o jogo

Em entrevista coletiva pós-partida, o técnico Diniz não hesitou em afirmar que “os lances das expulsões foram muito claros para mim”, acrescentando que Sanabria também deveria ter sido expulso. Essa declaração trouxe à tona um debate sobre a utilização do VAR, que vem sendo cada vez mais intensificado no Brasil.

Por outro lado, o técnico Rogério Ceni demonstrou revolta com a atuação do VAR, especialmente no lance que resultou na expulsão de Jean. Ele lamentou a falta de checagem em outras jogadas, como a do zagueiro do Vasco, Gilberto, que atingiu o ombro de Luciano Juba. Ceni desabafou: “Nos lances contra nós, foi chamado o VAR, até em lance que não tinha necessidade. Nos lances em que poderia ser usado o mesmo critério da expulsão do Jean, como no lance do Cauan (Barros) com o Juba e o do David com o Gilberto, não é nem chamado o VAR”.

A percepção sobre o VAR no futebol brasileiro

A utilização do VAR tem sido um tópico polêmico e recorrente nas discussões sobre a arbitragem no futebol brasileiro. Para muitos torcedores e analistas, a ineficiência nos critérios de análise traz à tona a necessidade de maior transparência e padronização nas decisões. A escolha do que deve ser reverificado pelo VAR, como apontado por Ceni, gera uma sensação de insegurança e desconfiança quanto à imparcialidade nas decisões.

O assunto é amplamente debatido nas redes sociais, onde torcedores expressam suas opiniões sobre a eficácia da tecnologia em situações como essas. A pressão para que o VAR traga mais justiça ao jogo é crescente, e muitos acreditam que ajustes nas diretrizes de uso são necessários para que a revisão se torne uma ferramenta realmente efetiva e não apenas uma fonte de controvérsia.

Próximos passos e a evolução da arbitragem

À medida que o futebol brasileiro continua a se adaptar à era do VAR, será crucial para as entidades responsáveis, como a CBF, promover capacitações e discutir as melhores práticas de utilização da tecnologia. Um diálogo aberto entre árbitros, técnicos e torcedores será fundamental para construir um caminho em que todos se sintam parte do espetáculo e que a justiça esportiva prevaleça.

A partida entre Vasco e Bahia não foi apenas um confronto em campo, mas um reflexo das mudanças que o futebol enfrenta. O VAR é uma ferramenta que, se usada corretamente, pode melhorar a experiência do jogo, mas os recentes episódios comprovam que ainda há um longo caminho a percorrer.

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