Brasil, 25 de setembro de 2025
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Novas imagens de satélite revelam progresso na reconstrução de instalações de mísseis no Irã

Novas imagens de satélite mostram que instalações no Irã estão em reconstrução, mas falta um componente crucial para a produção de mísseis.

Novas imagens de satélite revelam que o Irã começou a reconstruir os sites de produção de mísseis que foram atingidos por Israel em junho, mas um componente essencial ainda está ausente. As fotos, obtidas pela Planet Labs PBC e analisadas pela Associated Press, mostram que grandes misturadores, utilizados na criação de combustível sólido para os mísseis, estão faltando nas instalações de Parchin e Shahroud, alvos dos ataques israelenses durante a guerra de 12 dias com o Irã.

A importância dos misturadores na produção de mísseis

Os especialistas em mísseis afirmam que a obtenção desses misturadores é um dos principais objetivos do Irã, especialmente enquanto o país se prepara para a reimposição de sanções relacionadas ao seu programa nuclear, que estão programadas para entrar em vigor na próxima semana. O governo iraniano está tentando se engajar em conversações com países europeus para evitar essa reimposição.

Repercussão no cenário internacional

Durante a Assembleia Geral da ONU, o presidente iraniano Masoud Pezeshkian acusou os ataques dos Estados Unidos e de Israel às suas instalações nucleares de “ferir gravemente” as negociações de paz. “Vocês testemunharam que, em junho passado, meu país foi submetido a uma agressão brutal e uma flagrante violação dos princípios mais elementares do direito internacional,” disse Pezeshkian. Essas declarações refletem a crescente tensão entre o Irã e o Ocidente, especialmente em relação ao seu programa nuclear.

Na última terça-feira, o líder supremo do Irã, Ayatollah Ali Khamenei, rejeitou qualquer possibilidade de negociações nucleares com os Estados Unidos, afirmando que “os EUA anunciaram os resultados das discussões antecipadamente”, informando que sua conclusão seria o fechamento das atividades nucleares e o enriquecimento, o que, segundo ele, não seria uma verdadeira negociação.

Pressão europeia e o mecanismo de “snapback”

A França, Alemanha e Reino Unido iniciaram em agosto um mecanismo de “snapback” para reinstaurar sanções, o que abriu uma janela de 30 dias para a reimposição, com término previsto para o próximo domingo, a menos que o Irã chegue a um acordo com a Europa. Os países europeus indicaram que estenderão o prazo caso o Irã retome negociações diretas com os EUA sobre seu programa nuclear, permita o acesso dos inspetores nucleares da ONU a seus locais e preste contas sobre as mais de 880 libras de urânio altamente enriquecido que, segundo a agência de supervisão da ONU, o país possui.

Essa dinâmica complexa entre sanções, pressões internacionais e esforços de negociação molda o cenário nuclear no Irã e seus desdobramentos em nível global. A falta dos misturadores é um fator chave que pode complicar ainda mais a situação, dado seu papel crítico na capacidade de produção de munições do país.

Enquanto isso, o futuro das negociações e a estabilidade na região permanecem incertos, com diferentes atores tentando garantir seus interesses em um contexto global cada vez mais conturbado.

O cenário do programa nuclear iraniano continua a ser uma questão de vigilância para a comunidade internacional, enquanto todas as partes permanecem em alerta para o desenrolar dos próximos dias e as consequências que isso poderá trazer.

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