Brasil, 25 de setembro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Mercado argentino reage positivamente ao apoio dos EUA e sessão de alta no exterior

Após anúncio de apoio financeiro dos Estados Unidos, Argentina registra forte avanço em títulos, queda do risco-país e aumento das ações

O mercado financeiro argentino vivenciou um dia de euforia nesta quarta-feira (24), impulsionado pelo anúncio de apoio financeiro dos Estados Unidos ao país. O Tesouro americano comunicou que comprará títulos soberanos argentinos e negociou uma linha de swap de US$ 20 bilhões, o que reduziu significativamente o risco-país e estimulou a alta dos títulos e ações na Argentina e no exterior.

Impacto do respaldo dos EUA no risco-país e títulos argentinos

O indicador de risco-país, calculado pelo JP Morgan, caiu para 917 pontos-base, uma redução de 106 pontos, ou -10,36%. Essa é a menor marca registrada desde o início da semana passada, quando chegou a 1.500 pontos. Nesta manhã, os títulos da dívida soberana argentina voltaram a subir, com os Bonares (Bônus Argentinos) recuperando 4,73% e os Globais avançando até 6,62%, negociados a aproximadamente US$ 62.

Medidas de apoio e negociações em curso

O apoio dos Estados Unidos veio acompanhado de anúncios do Banco Mundial e do BID, que anteciparam US$ 8 bilhões à Argentina em meio à crise cambial do país. Segundo Scott Bessent, secretário do Tesouro dos EUA, o governo norte-americano está negociando uma linha de swap de US$ 20 bilhões com o Banco Central argentino, além de oferecer uma linha de crédito de respaldo por meio do Fundo de Estabilização de Câmbio. Bessent afirmou ainda que a coordenar esforços com o governo argentino visa evitar volatilidade excessiva.

“Estamos trabalhando em estreita coordenação com as autoridades argentinas para estabilizar a economia”, declarou Bessent. Essa movimentação fomentou a expectativa de que o governo argentino possa voltar a emitir dívida no início de 2026, após a melhora na percepção de liquidez e estabilidade financeira.

Repercussões internacionais e manifestações políticas

Na ONU, em Nova York, Javier Milei, presidente da Argentina, elogiou o apoio de Donald Trump, destacando que o republicano tomou decisões difíceis para evitar uma “catástrofe global”. Milei também se reuniu com Kristalina Georgieva, do FMI, que ressaltou o impacto positivo das reformas econômicas implementadas pelo presidente argentino, que resultaram em crescimento, redução da inflação e diminuição da pobreza.

As ações argentinas negociadas na bolsa de Nova York tiveram uma valorização de até 8% e continuam operando em alta nesta semana, especialmente no setor bancário, com destaque para os ganhos de até 8,7% no Grupo Financiero Galicia. O índice S&P Merval também avançou 3,2%, ao atingir 1.872.692 pontos, equivalente a US$ 1.340, ajustados pelo dólar contado com liquidação.

Reação do mercado e perspectivas futuras

Analistas avaliam que a mensagem de respaldo dos EUA reforça a estabilidade da Argentina e aumenta as chances de redução do risco-país, o que facilitará a emissão de novas dívidas. Federico Filippini, economista-chefe do Grupo Financeiro Adcap, apontou que a forte alta dos títulos, que subiram mais de 5% após o anúncio, reflete uma melhora na percepção de liquidez e o fortalecimento do apoio internacional.

Segundo a consultoria Puente, esse apoio explícito do Tesouro dos EUA simboliza uma forte confiança no projeto de estabilização de Milei, o que pode abrir espaço para aprofundar reformas econômicas após as eleições de outubro. Enquanto isso, o dólar comercial fechou nesta quarta-feira cotado a R$ 1.337, refletindo a estabilização do mercado cambial.

Para saber mais detalhes, acesse a matéria completa no Fonte.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes