Brasil, 24 de setembro de 2025
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Haddad promete agir contra devedores contumazes com nova lei

Ministro da Fazenda afirma que Receita Federal irá investigar grandes devedores se projeto de lei for aprovado pelo Congresso.

No dia 24 de setembro de 2025, durante audiência na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que a Receita Federal intensificará suas investigações para confrontar “os verdadeiros ladrões da nação”. A medida está atrelada ao Projeto de Lei 15 de 2024, que está em tramitação no Congresso e busca, entre outros objetivos, punir devedores contumazes que não pagam seus tributos.

Projeto de Lei 15 de 2024

O Projeto de Lei em questão foi articulado para beneficiar os bons contribuintes e, ao mesmo tempo, endurecer as regras para os que possuem dívidas altas com o fisco. De acordo com Haddad, o projeto proposta “trará esclarecimento sobre um esquema de crime organizado que tem feito mal ao Brasil” e contribuirá para um sistema tributário mais justo.

O foco do projeto está em três eixos principais: conformidade tributária, controle de benefícios e definição de devedor contumaz. Este último prevê que empresas com dívidas irregulares acima de R$ 15 milhões sejam rigorosamente investigadas e, se comprovada a má-fé, responsabilizadas. A Receita Federal estima que esses devedores somem R$ 100 bilhões em tributos devido ao governo.

Critérios para identificação de devedores

O projeto estabelece três critérios para categorizar os devedores como contumazes. O primeiro determina que a empresa não pode ter dívida suspensa e deve dever mais que o valor de seu patrimônio. O segundo exige que a dívida de R$ 15 milhões perdure por mais de um ano. Por último, o terceiro critério identifica contribuintes que frequentemente abrem e fecham empresas, alterando seu Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) como forma de escapar das obrigações tributárias.

“Acreditamos que a aprovação dessa lei será um divisor de águas na luta contra a sonegação. É um passo fundamental para fortalecer a Receita Federal e garantir que aqueles que estão lesando o país fiquem sob investigação”, afirmou Haddad durante a audiência.

A polêmica sobre o imposto de renda

Durante sua fala, o ministro também abordou as recentes críticas que recebeu de parlamentares da oposição, que o acusaram de tentar aumentar a arrecadação de impostos de maneira “cruel”. Haddad revidou dizendo que o governo anterior, liderado por Jair Bolsonaro, deixou sem correções a tabela do imposto de renda por quatro anos, o que resultou em um aumento significativo no número de contribuintes. “Durante o governo Bolsonaro, mais de 10 milhões de brasileiros passaram a pagar imposto de renda, o que é uma verdadeira crueldade”, afirmou.

“A nossa proposta é que, ao final do mandato do presidente Lula, possamos isentar do imposto de renda 20 milhões de brasileiros, um alívio significativo para a população”, destacou o ministro.

Votação do projeto na Câmara

Haddad também comemorou a agilidade da Câmara dos Deputados, que já programou a votação do projeto que isentará do imposto de renda pessoas que recebem até R$ 5 mil mensais. “Estou curioso para observar como os deputados que criticam a carga tributária se comportarão. Será que eles apoiarão a isenção de 10 milhões de brasileiros?”, questionou.

A expectativa é que a votação ocorra na próxima semana, em um momento crítico para as finanças do país. O governo tem apostado na aprovação da nova legislação: mudanças que visam simplificar o sistema tributário e garantir que os recursos públicos sejam utilizados de forma eficaz e transparente.

Em um cenário onde a arrecadação tributária é um tema em constante discussão, a proposta de Haddad reflete um anseio por justiça fiscal que promete impactar diretamente no cotidiano dos cidadãos brasileiros. A pressão para que a lei seja aprovada é intensa, e seus desdobramentos poderão ser decisivos para o futuro econômico do país.

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