Os Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira (24) a redução das tarifas de importação de automóveis europeus para 15%, efeito retroativo a 1º de agosto. A medida, publicada pelo Departamento de Comércio e o Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR), faz parte de um acordo comercial preliminar entre as duas regiões, visando aliviar tensões e facilitar negociações futuras.
Detalhes da redução e impactos econômicos
A nova tarifa reduzida substitui a anterior de 25%, além de uma cobrança adicional de 2,5%, e traz benefícios diretos para a indústria automotiva europeia, especialmente as montadoras alemãs como Volkswagen, Porsche e Mercedes-Benz. A Porsche, que sofre bastante com tarifas elevadas por vender veículos importados, teve suas ações subindo até 3,8% na Bolsa de Frankfurt com a notícia.
Segundo o documento oficial, a medida inclui isenções para setores específicos, como aeronaves, medicamentos genéricos, recursos naturais e certos metais. Mesmo assim, produtos ainda sujeitos às tarifas de nação mais favorecida (NMF), incluindo aço e alumínio que continuam com tarifas de 50%, permanecem sem mudanças.
Contexto e perspectivas futuras
A redução de tarifas faz parte do esforço dos EUA em reequilibrar suas relações comerciais com a União Europeia enquanto avançam as negociações sobre outros setores, como aço e alumínio. A formalização da medida no Federal Register foi recebida com otimismo pela indústria automobilística europeia, aguardando há semanas por a implementação das tarifas menores.
Embora as ações unilaterais tenham avançado, os Estados Unidos reconheceram que há ainda discussões pendentes, especialmente em relação às tarifas de setores estratégicos. Além disso, a UE cumpriu a exigência americana ao modificar sua legislação para reduzir tarifas sobre bens industriais e produtos agrícolas não sensíveis, facilitando a aplicação do acordo.
Impactos e reações
A decisão dos EUA deve diminuir a pressão sobre as exportações da União Europeia, fortalecendo a confiança nas relações comerciais. Especialistas destacam que essa medida pode desencadear um efeito positivo na economia europeia, sobretudo na indústria automobilística, que viu suas ações reagirem positivamente ao anúncio.
O acordo também sinaliza uma maior aproximação entre Washington e Bruxelas, com possibilidades de avanços em áreas anteriormente difíceis, como tarifas sobre aço e alumínio, que permanecem elevadas. A continuidade das negociações será fundamental para consolidar uma relação mais equilibrada no comércio bilateral.
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