Brasil, 24 de setembro de 2025
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Condenado a 67 anos por feminicídio, motorista atropelou ex-companheira

Wallison Felipe de Oliveira foi condenado por atropelar e matar Juliana Barboza Soares em ato de feminicídio registrado em 2024.

No dia 23 de setembro de 2025, a Justiça do Distrito Federal condenou Wallison Felipe de Oliveira a 67 anos, 6 meses e 14 dias de prisão pelo atropelamento e feminicídio de Juliana Barboza Soares. O crime ocorreu em agosto de 2024 e chocou a comunidade, dada a brutalidade do ato e as circunstâncias que o cercaram. O tribunal do júri do Fórum do Gama considerou que Wallison agiu de forma cruel e premeditada, desferindo três atropelamentos na sua ex-companheira, na presença da filha de cinco anos e da mãe de Juliana.

Os detalhes do crime

Segundo relatos da promotoria e testemunhas, na noite do dia 20 de agosto de 2024, Juliana, sua mãe Maria do Socorro Barboza Soares e sua filha estavam a caminho de casa após uma comemoração de aniversário familiar. Wallison, insatisfeito por não ter sido convidado para a festa, decidiu agir de maneira violenta. Ele atropelou as três mulheres com um veículo em alta velocidade.

O primeiro atropelamento aconteceu quando Juliana, sua mãe e a filha saíam a pé. Após a colisão inicial, Wallison fugiu, mas voltou ao local e atropelou Juliana e a mãe dela mais uma vez. A criança, que tinha apenas cinco anos, conseguiu escapar, mas Juliana não teve a mesma sorte e morreu no local devido aos ferimentos.

Motivos e agravantes do crime

Durante o julgamento, o Ministério Público do DF apresentou diversos agravantes que foram aceitos pelos jurados. Entre eles estavam o motivo torpe, o uso de meio cruel e o fato de o crime ter sido caracterizado como feminicídio dentro de um contexto de violência doméstica e familiar. O tribunal destacou que o ato foi ainda mais cruel por ser realizado na presença da filha e da mãe da vítima, o que certamente deixou marcas indeléveis na vida dessas mulheres.

Repercussão e apoio às vítimas

A condenação de Wallison traz um semblante de justiça, mas também levanta discussões sobre a violência contra a mulher no Brasil e a necessidade de medidas eficazes de proteção e apoio às vítimas. Organizações de direitos das mulheres têm destacado a importância de um combate mais eficaz à violência de gênero, bem como a necessidade de campanhas de conscientização que previnam esses tipos de tragédias.

Implicações psicológicas e sociais do feminicídio

Em entrevistas, especialistas em violência de gênero ressaltam que casos como o de Juliana não são isolados e revelam uma estrutura social que muitas vezes minimiza a gravidade da violência contra a mulher. As consequências dos feminicídios vão além do ato em si, afetando famílias, comunidades e a sociedade como um todo. É vital que os sistemas de apoio social e jurídico estejam prontos para oferecer assistência às vítimas e suas famílias, de modo a prevenir ciclos de violência e garantir um retorno à estabilidade emocional e social.

Memória e homenagem às vítimas

O caso de Juliana Barboza Soares não pode ser esquecido. A memória dela e o impacto de sua morte precisam ser honrados. Eventos e campanhas de conscientização sobre violência contra a mulher têm sido organizados em sua memória, ressaltando que a luta contra o feminicídio e a violência de gênero é uma responsabilidade coletiva que deve ser encarada pela sociedade.

Considerações finais

Wallison Felipe de Oliveira foi condenado por tirar a vida de Juliana em um ato de violência extrema, que também quase resultou na morte de sua filha e mãe. A justiça foi feita, mas as consequências desse ato trágico ainda ecoam na vida das vítimas sobreviventes e na comunidade como um todo. O caso sublinha a urgência de um debate mais amplo sobre a proteção das mulheres e a eliminação da violência em todas as suas formas. Isso requer uma ação concertada de todos os setores da sociedade, desde o governo até as comunidades locais.

O caso de Juliana Barboza Soares não é apenas uma estatística, mas um lembrete constante da luta que ainda temos pela frente no combate à violência de gênero no Brasil e em todo o mundo.

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