Brasil, 24 de setembro de 2025
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CCJ do Senado analisa a PEC da blindagem e recomenda rejeição

A CCJ do Senado recomenda a rejeição da PEC da blindagem; proposta gera controvérsia e manifestações na população.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado se reúne nesta quarta-feira, 24 de setembro, para discutir a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da blindagem, que renova o debate sobre a imunidade parlamentar. Sob a relatoria de Alessandro Vieira (MDB-SE), um parecer já foi apresentado, o qual considera a proposta “inconstitucional” e sugere sua rejeição, uma recomendação que deve ser acatada pelos demais membros da comissão.

Entenda a PEC da Blindagem

A Proposta de Emenda à Constituição visa modificar regras que regem a responsabilização de deputados e senadores. Se aprovada, a PEC permitiria que membros do Legislativo não pudessem ser processados criminalmente sem autorização expressa de suas respectivas Casas, desde o instante em que assumem seus cargos.

A proposta foi aprovada pela Câmara dos Deputados em 16 de setembro, mas encontrou forte resistência entre a população. No último domingo, 21 de setembro, diversas manifestações ocorreram em várias capitais do Brasil, com cidadãos expressando sua desaprovação à medida.

Detalhes da proposta

  • A PEC estabelece que a autorização para processar parlamentares será feita por meio de votação secreta, necessitando da aprovação da maioria dos membros da Casa e devendo ocorrer em até 90 dias após o requerimento do Supremo Tribunal Federal (STF).
  • O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) apresentou uma emenda ao texto original, limitando a autorização prévia apenas a casos envolvendo “crime contra a honra” ou acusações relacionadas a opiniões, palavras e votos dos parlamentares.

A emenda de Moro é uma tentativa de limitar a abrangência da blindagem proposta inicialmente, que gerou grande controvérsia e críticas. Com o novo formato, o objetivo é restringir a proteção apenas a situações que não envolvam crimes graves, mas que, segundo ele, possam ameaçar a liberdade de expressão dos parlamentares.

A reação da população

A resposta da população foi rápida e intensa. Muitas pessoas se mobilizaram em protesto nos últimos dias, exigindo que o Senado se posicione contra a blindagem que pode proteger parlamentares de investigações. O descontentamento público se reflete na crescente insatisfação com o Legislativo e a percepção de que essa proposta representa um retrocesso na accountability dos políticos.

As manifestações ocorreram em várias cidades, demonstrando uma clara união entre os cidadãos na luta pela transparência e pela responsabilização dos representantes eleitos. Os protestos foram marcados por faixas e gritos de ordem que pediam “Fora a Blindagem!”, além de convocativas chamadas para defender a justiça e a ética na política.

Próximos passos

O próximo encontro da CCJ é esperado com atenção. A análise do relatório que recomenda a rejeição da PEC pode levar a uma votação em breve, onde os senadores terão a chance de se pronunciar sobre a proposta controversa. Além disso, a pressão popular pode influenciar a decisão final dos membros da comissão.

A possibilidade de tramitação da PEC da blindagem ainda não é um cenário garantido, mas a resistência da população e a avaliação crítica da CCJ indicam que a proposta pode enfrentar muitos obstáculos antes de qualquer ratificação.

Enquanto isso, a sociedade civil continua atenta e mobilizada, reforçando a importância do debate público e do engajamento na política. Com as redes sociais amplificando as vozes dos cidadãos, a pressão sobre os parlamentares por uma política mais justa e transparente continuará a ser uma força significativa na política brasileira.

O desfecho dessa história ainda será escrito, mas uma coisa é certa: o cidadão brasileiro está cada vez mais consciente de seus direitos e da necessidade de um Legislativo que trabalhe, de fato, para o bem-estar da população.

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