sucesso nas competições.
As equipes que mais trocaram de técnicos
Na outra ponta da tabela, encontramos os clubes que já passaram por duas demissões de técnicos nesta temporada. Entre eles estão o Sport (com Pepa e António Oliveira), Fortaleza (Vojvoda e Renato Paiva), Juventude (Fábio Matias e Cláudio Tencati), Vitória (Thiago Carpini e Fábio Carille), Santos (Pedro Caixinha e Cleber Xavier) e Fluminense (Mano Menezes e Renato Gaúcho). Os quatro primeiros estão atualmente na zona de rebaixamento, enquanto o time de Neymar figura na 14ª colocação, o que ressalta a difícil situação em que esses clubes se encontram.
Dados sobre demissões na Série A desde 2006
Vamos conferir uma tabela que ilustra a rotatividade dos técnicos da Série A desde 2006:
Ano | Trocas de treinador | Clubes sem troca |
---|---|---|
2025 (até a 24ª rodada) | 19 | 7 |
2024 | 17 | 6 |
2023 | 22 | 5 |
2022 | 20 | 5 |
2021 | 18 | 5 |
2020 | 22 | 5 |
2019 | 19 | 6 |
2018 | 26 | 3 |
2017 | 18 | 6 |
2016 | 21 | 3 |
2015 | 24 | 1 |
2014 | 21 | 3 |
2013 | 22 | 6 |
2012 | 16 | 9 |
2011 | 20 | 5 |
2010 | 30 | 3 |
2009 | 20 | 5 |
2008 | 27 | 8 |
2007 | 23 | 6 |
2006 | 27 | 6 |
Esses números ilustram uma tendência preocupante no futebol brasileiro, onde a pressão por resultados imediatos leva a decisões apressadas. A instabilidade nas comissões técnicas não apenas afeta os clubes diretamente, mas também tem um impacto na performance dos jogadores e, por conseguinte, no campeonato como um todo.
Enquanto a rotatividade de técnicos continua a crescer, os clubes precisam repensar suas estratégias para garantir uma gestão mais eficaz, que permita não apenas o sucesso imediato, mas também a construção de equipes competitivas a longo prazo.
A história se repete. Após a eliminação do Fluminense no empate com o Lanús, na noite da última terça-feira pela Sul-Americana, Renato Gaúcho deixou o cargo de treinador da equipe. O fato ocorreu pouco mais de 24 horas após a demissão de Roger Machado do Internacional, e fez com que o número de trocas no comando dos clubes durante esta edição do Brasileirão subisse para 19. A média de demissões por rodada está em 0,792, o maior número do formato atual da disputa do torneio.
A rotatividade no comando dos clubes
Desde 2006, o Brasileirão é disputado por 20 times em formato de pontos corridos. Até então, a maior média de treinadores demitidos por rodada havia sido atingida em 2010 (0,79), quando 30 mudanças no comando aconteceram nas 38 rodadas. Na prática, isso significa que, em média, aproximadamente a cada cinco rodadas do Brasileirão, quatro treinadores são demitidos. O fenômeno ilustra uma gestão volátil e, muitas vezes, impulsiva por parte dos clubes na busca por resultados rápidos.
O futuro de 2025 e os potenciais recordes
Com 14 jornadas restantes (15 ou 16 para algumas equipes), a atual edição do campeonato pode ameaçar o recorde de 2010, quando 30 técnicos foram demitidos. Se a rotatividade continuar no mesmo ritmo, o torneio pode terminar com 31 trocas no comando, ultrapassando a marca de 15 anos atrás e também as edições de 2006 e 2008, que registraram 27 mudanças de treinador. A pressão por resultados imediatos, aliada à instabilidade de desempenho, tem levado muitas equipes a optar por mudanças de comando na esperança de reverter suas má fase.
Quais clubes se mantêm fiéis aos seus técnicos?
Um dado que se destaca é a quantidade de clubes que continuam com o mesmo treinador ao longo do torneio, uma estatística que vem diminuindo ao longo dos anos. Este ano, apenas sete equipes mantêm o mesmo técnico desde a primeira rodada: Flamengo (Filipe Luís), Cruzeiro (Leonardo Jardim), Palmeiras (Abel Ferreira), Mirassol (Rafael Guanaes), Bahia (Rogério Ceni), Bragantino (Fernando Seabra) e Ceará (Léo Condé). Curiosamente, cinco dos seis primeiros colocados na tabela estão nessa lista, indicando uma possível relação entre estabilidade na comissão técnica e