Brasil, 23 de setembro de 2025
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Vendaval atinge São Paulo e causa estragos na capital

Tempestade de ventos fortes e chuvas provoca quedas de árvores e deixa milhares sem energia elétrica em São Paulo.

Na tarde da última segunda-feira (22), uma forte tempestade provocou estragos significativos no centro da capital paulista. Quando as nuvens escuras tomaram conta do céu, ventos de quase 100 km/h e chuvas intensas causaram caos, gerando queda de árvores, destelhamento de imóveis e falhas no sistema de semáforos. O resultado? Mais de 500 mil imóveis ficaram sem energia na Grande São Paulo, conforme informações da Enel, a concessionária responsável pelo fornecimento elétrico.

O impacto do vendaval em São Paulo

A forte chuva e os ventos gelados que chegaram à capital paulista foram causados por uma frente fria que se deslocava do Sul do Brasil. O Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura de São Paulo decretou estado de atenção às 13h45, alertando os cidadãos sobre a iminente situação. A Defesa Civil emitiu um alerta severo, que avisou sobre a possibilidade de quedas de árvores e destelhamentos, levando a população local a se abrigar.

De acordo com dados oficiais, até o final da tarde, 139 árvores caíram, resultando em bloqueios em importantes vias urbanas, como as avenidas Nove de Julho e Sumaré. Além disso, 55 semáforos ficaram apagados e 18 pontos de alagamento foram registrados ao longo do dia. O balanço da prefeitura ressaltou que, dentre os atendimentos realizados, 7 reportaram desabamentos, embora não tenham sido registrados feridos.

A energia elétrica e os trabalhos emergenciais

Na Grande São Paulo, o número de imóveis afetados pela falta de energia chegou a impressionantes 582.000, segundo a Enel. Ao longo do dia, mais de mil equipes foram mobilizadas para o restabelecimento do serviço, que, segundo o diretor de operações da concessionária, Marcio Jardim, seriam informadas no dia seguinte. Quase 300.000 dessas interrupções estavam na capital.

A cidade se viu em uma situação crítica, com o tráfego congestionado devido aos problemas de energia que afetaram os semáforos. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) recebeu chamadas para organizar o fluxo em meio à lentidão de 351 km, embora o recorde do ano anterior tenha chegado a 1.335 km de lentidão.

A força do vento

As rajadas de vento foram um dos principais agressivos desta tempestade. O Aeroporto Campo de Marte registrou ventos de até 98,2 km/h. O clima diverso e turbulento também fez com que a visibilidade reduzisse durante a tarde, fazendo com que o “dia virasse noite”, como descreveram passageiros no Aeroporto de Congonhas, onde parte do saguão ficou alagado.

Chuva e alagamentos

Em termos de chuva, o volume acumulado foi de 33,4 mm até as 18h, com variações entre as regiões da cidade. Neste caso, a Zona Sul foi a mais afetada, acumulando 34,8 mm. No entanto, o valor não foi o principal causador dos problemas, que intensificaram a situação de emergência, segundo os meteorologistas. O volume da precipitação e as rajadas de vento foram os fatores que mais chamaram atenção, transformando uma simples tempestade em um evento meteorológico severo.

Consequências e o olhar para o futuro

O cenário resultante desta tempestade, portanto, coloca São Paulo em um estado crítico que demanda cuidados urgentes da administração pública. A questão das árvores, em particular, é um ponto a ser considerado, já que a prefeitura já havia realizado ações de poda e remoção preventiva no ano. A situação atual clama por uma defesa reativa, bem como uma reavaliação das estratégias de manejo urbano.

Para terça-feira (23), a previsão é de céu encoberto com possibilidade de garoa e temperaturas variando entre 14°C e 18°C, prometendo uma pausa na intensidade dos ventos, embora o frio intenso chegue como uma consequência do fenômeno climático enfrentado.

A cidade agora espera pela recuperação e retorno à normalidade, mas as lições aprendidas com esse evento meteorológico precisam ser consideradas para mitigar futuros riscos e proteger a população. A natureza sempre se revela imprevisível, e é vital que os cidadãos e autoridades estejam preparados.

Com um alerta mais eficaz e mecanismos de resposta mais ágeis, São Paulo pode minimizar os impactos de futuras tempestades, garantindo a segurança e bem-estar de seus habitantes.

Para mais informações detalhadas sobre os eventos e orientações da Defesa Civil, acesse o link aqui.

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