O senador republicano Ted Cruz (TX) afirmou nesta sexta-feira que a suspensão indefinida do programa de Jimmy Kimmel é um movimento “perigoso” e comparou a uma cena de máfia, chamando atenção para os riscos de interferência na liberdade de imprensa. Cruz destacou que a ação, motivada por críticas de Kimmel ao presidente Donald Trump, pode abrir um precedente autoritário.
Críticas de Cruz à postura federal e o risco de censura
Cruz criticou duramente a atuação da Federal Communications Commission (FCC), alegando que a agência estaria ameaçando retirar as licenças de emissoras por críticas ao governo. “O FCC não tem o direito de censurar programas de TV por opiniões contrárias ao Executivo”, afirmou o senador, que citou a ameaça feita pelo presidente Trump de revogar a concessão do canal ABC, caso o programa de Kimmel continuasse a críticas.
Segundo Cruz, essa postura é semelhante a uma cena do filme “Boa Vista de Broad Street”, onde um mafioso ameaça um comerciante, com a dúvida de qual caminho seguir: “fazer as coisas do jeito difícil ou o fácil”.
Polêmica envolvendo Charlie Kirk e o possível impacto nas emissoras
Repercussões em torno do caso
As declarações de Kimmel sobre o ativista de direita Charlie Kirk, que foi morto na última semana em Utah, geraram a ira de Trump, que usou o episódio para pressionar canais de TV. A preocupação de Cruz é que o episódio sirva de justificativa para ações de censura contra programas críticos ao governo, principalmente se o governo democrata retornar ao poder.
O porta-voz da FCC, Brendan Carr, ameaçou meios de comunicação que continuarem a transmitir críticas ao presidente, dizendo que poderiam perder suas licenças. Cruz reforçou essa visão ao afirmar que “Carr atua como um mafioso, dizendo ‘faça do nosso jeito ou o hard way’”, em referência a uma expressão do filme clássico de máfia.
Precedentes perigosos e a ameaça à liberdade de expressão
Cruz destacou que, embora não seja fã de Kimmel, que costuma fazer sátiras ao seu trabalho, a suspensão do programa é um movimento que pode afetar toda a imprensa livre. “Se permitirmos que o governo controle o que podemos ou não dizer, estamos caminhando para uma ditadura”, alertou.
Ele também reforçou que essa prática pode ser usada por futuros governos democratas para silenciar vozes conservadoras, ameaçando a pluralidade de opiniões na mídia brasileira e norte-americana.
Futuro e o impacto na liberdade de imprensa
A suspensão de Kimmel foi criticada por diversos setores como uma ameaça à liberdade de expressão e à imprensa livre, princípio fundamental em democracias. Neste momento, Kimmel planeja uma reunião com os executivos da ABC para discutir seu futuro na emissora.
Segundo especialistas, esse episódio marca um alerta sobre os limites do poder federal e a necessidade de proteção às liberdades jornalísticas, sob risco de estabelecer um modelo de censura estatal, semelhante ao criticado por Cruz.
