Brasil, 23 de setembro de 2025
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Por que a NVIDIA investe em computação quântica

A gigante tecnológica NVIDIA está entrando no mercado de computação quântica, fortalecendo sua posição no setor de inteligência artificial e inovação

Nos últimos 15 dias, a NVIDIA, líder no desenvolvimento de hardware para IA, anunciou investimentos significativos em startups de computação quântica, marcando uma mudança de estratégia. Esses investimentos, por meio de sua braço de venture capital, avaliam startups como Quantinuum, QuEra e PsiQuantum em mais de US$ 17 bilhões, apesar de a empresa ter considerado até recentemente que computadores quânticos úteis ainda estariam a 15-20 anos de distância, segundo afirmou seu CEO, Jensen Huang.

Investimentos e mudança de posicionamento

As recentes apostas da NVIDIA divergem da visão anterior do próprio Huang, que em janeiro dizia que a tecnologia quântica ainda não era uma prioridade de curto prazo. Em março, ele revisou essa posição ao afirmar que a computação quântica atingira um “ponto de inflexão”, podendo resolver problemas interessantes nos próximos anos. Apesar de a NVIDIA não ter comentado oficialmente o motivo dessas movimentações, analistas observam que o posicionamento em torno da computação quântica representa a tentativa da companhia de se consolidar na fronteira tecnológica que pode moldar o futuro da TI.

Potencial e limites da computação quântica

Apesar de os investimentos destacarem o potencial da tecnologia, especialistas afirmam que a computação quântica tem pouco impacto no funcionamento da IA atualmente. “AI e computação quântica são bastante opostos,” explica Pete Shadbolt, diretor de ciência na PsiQuantum. Enquanto sistemas de IA aprendem padrões de grandes volumes de dados, os computadores quânticos são mais eficazes na resolução de problemas específicos e complexos, como criptografia, simulações químicas e materiais inovadores, usando partículas quânticas para explorar múltiplos caminhos simultaneamente.

Aplicações promissoras

De fato, há aplicações promissoras, como a simulação de sistemas quânticos para descobrir novos medicamentos, otimizar processos de produção de energia e desenvolver baterias de veículos elétricos mais eficientes. Para isso, empresas como PsiQuantum estão colaborando com a Mercedes-Benz em experimentos com simulação de íons de lítio, além de trabalhar com a farmacêutica Boehringer Ingelheim em estudos relacionados a enzimas que influenciam o metabolismo de drogas.

Desafios e o futuro

No entanto, o grande obstáculo continua sendo a escala dos computadores quânticos. Segundo Jan Ole Ernst, pesquisador da Universidade de Oxford, a utilidade real da tecnologia depende de avanços na construção de máquinas de maior porte, capazes de aplicar suas operações de forma prática. “Ainda estamos longe disso; aplicações claras ainda não foram encontradas”, afirma Ernst.

Apesar da previsão da PsiQuantum de que uma máquina de grande porte estará operacional até 2027, o progresso da tecnologia ainda enfrenta incertezas, com o desenvolvimento de hardware e a necessidade de ambientes de operação extremamente controlados. Assim, a aposta da NVIDIA indica uma visão de futuro que busca garantir sua presença na próxima fronteira da inovação tecnológica, mesmo que sua aplicação direta na IA ainda seja limitada.

Para mais informações sobre os investimentos em inovação tecnológica, confira matérias relacionadas na seção de tecnologia do TIME.

**Meta descrição:** NVIDIA aposta na computação quântica, diversificando sua estratégia e investindo em startups, em meio às incertezas sobre seu impacto na IA.
**Tags:** NVIDIA, computação quântica, inovação tecnológica, IA, startups.

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