O Ministério da Saúde (MS) se pronunciou nesta terça-feira (23/9) em resposta à recente afirmação sem respaldo científico feita por Donald Trump. O ex-presidente dos Estados Unidos associou o uso do paracetamol durante a gravidez ao surgimento de crianças com autismo. Embora o ministério não mencione Trump diretamente, ele rotula a afirmação como uma “fake news”.
Segurança do paracetamol durante a gravidez
Em uma postagem em seu perfil oficial do Instagram, o Ministério da Saúde foi enfático ao afirmar que não há relação comprovada entre o uso do paracetamol e o Transtorno do Espectro Autista (TEA). A pasta destacou que “o paracetamol é seguro, eficaz e amplamente estudado”. Além disso, ressaltou que o medicamento é registrado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e, de acordo com a Instrução Normativa nº 265/2023, é considerado de baixo risco e faz parte da lista de medicamentos que não exigem receita médica.
O alerta do ministério contrasta com as falas de Trump, que insinuou a necessidade de precauções maiores no uso do paracetamol, referindo-se a riscos potencialmente aumentados de autismo. Segundo informações do MS, não só o uso do medicamento como também a desinformação em relação a ele pode causar preocupações desnecessárias.
Relação entre autismo e desinformação
O ministério fez um alerta importante sobre a “desinformação” relacionada ao autismo, que afeta cerca de 1 em cada 100 crianças em todo o mundo. Eles salientam que TEA é um transtorno complexo, com múltiplas manifestações, e os sinais geralmente aparecem nos primeiros anos de vida, demandando diagnóstico e acompanhamento especializado.
Para combater a confusão sobre o assunto, o MS lembrou que é fundamental que gestantes sigam sempre as recomendações médicas antes de usarem qualquer medicamento, incluindo o paracetamol. Este ponto é crucial, pois as decisões sobre saúde devem ser sempre baseadas em informações corretas e evidências científicas.
Repercussões internacionais e a fala de Trump
A declaração de Trump, dada na segunda-feira (22/9), indicava que a Food and Drug Administration (FDA), equivalente à Anvisa brasileira, notificaria os médicos sobre “possíveis riscos” associados ao uso de paracetamol durante a gravidez. Esse tipo de comunicação gera incerteza e medo desnecessário entre as gestantes.
A repercussão da declaração de Trump mostra não apenas a importância de verificar a veracidade de afirmações tão impactantes, como também o papel que as autoridades de saúde devem desempenhar para garantir informações corretas à população. É essencial que, em assuntos tão delicados como a saúde das gestantes e o desenvolvimento das crianças, a comunicação seja clara e baseada em evidências.
Conclusão
O Ministério da Saúde reafirma a segurança do paracetamol e espera que a população não se deixe levar por desinformações que podem prejudicar a saúde e o bem-estar de gestantes e crianças. Em um mundo onde a informação circula rapidamente, a responsabilidade de confirmar a veracidade de dados é de todos, especialmente em temas que envolvem saúde pública.
Para mais informações sobre saúde e cuidados durante a gravidez, os interessados podem acessar os links sugeridos e sempre consultar um profissional qualificado.