Brasil, 23 de setembro de 2025
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Lula participa da ONU e mercado acompanha ata do Copom e sanções dos EUA

Presidente Lula abre debate na ONU em meio a tensões comerciais e acompanha decisão do BC sobre juros e impacto do dólar na inflação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciou nesta terça-feira (23) sua participação na Assembleia Geral da ONU em Nova York, onde deve apresentar um posicionamento político internacional, incluindo um possível contraponto ao ex-presidente Donald Trump. Enquanto isso, os mercados financeiros domésticos e internacionais permanecem atentos às decisões do Banco Central e às ações de sanções dos Estados Unidos contra brasileiros.

Atuação de Lula na ONU e possíveis encontros

Lula discursará na abertura do evento às 11h30 (horário de Brasília) e, apesar de não estar prevista uma agenda oficial com Trump, há expectativa de que o presidente brasileiro possa dialogar informalmente com o ex-presidente americano, em meio às sobretaxas de 50% impostas por Washington sobre produtos brasileiros. A agenda política externa de Lula busca fortalecer alianças e apresentar a posição do Brasil no cenário global.

Decisão do Copom e impacto do dólar na inflação

Antes da abertura dos mercados, o Banco Central publicou a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na qual decidiu manter a taxa básica de juros em 15% ao ano, o maior patamar em quase duas décadas. A ata aponta que a recente desvalorização do dólar contribui para a contenção da inflação, mas projeta que os preços devem permanecer pressionados, exigindo uma política monetária restritiva por um período prolongado.

Segundo o documento, a inflação de serviços se mostrou resistente devido à alta na atividade econômica e à demanda contínua, reforçando a necessidade de manter os juros elevados para evitar que as expectativas de inflação se desancorarem.

Sanções dos EUA e repercussões políticas internas

Na manhã de hoje, o governo dos Estados Unidos anunciou novas sanções contra brasileiros, como uma resposta à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. Entre os alvos estão nomes vinculados ao Judiciário e ao governo, incluindo a esposa do ministro Alexandre de Moraes, Viviane Barci de Moraes, cujo bens nos EUA estão bloqueados com base na Lei Magnitsky. Além disso, cinco autoridades brasileiras tiveram seus vistos revogados pelo Departamento de Estado americano.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que novas sanções poderão ser aplicadas se necessário, alertando bancos brasileiros que mantenham relações comerciais com os indivíduos sancionados. A medida é vista como uma retaliação às ações do STF e do governo brasileiro nos últimos meses.

Movimentação dos mercados globais

Na Bolsa de Nova York, Wall Street fechou em alta, com o Dow Jones subindo 0,14%, o S&P 500 avançando 0,44% e o Nasdaq Ganhos de 0,70%, impulsionados por ajustes nas políticas de vistos e expectativas de novas negociações comerciais.

Na Europa, os principais índices permaneceram estáveis ou em queda, preocupados com o impacto das sanções e o fraco desempenho de gigantes automobilísticos. O índice europeu STOXX 600 recuou 0,13%, enquanto o DAX alemão caiu 0,48% e o CAC 40, na França, perdeu 0,30%. O FTSE 100, do Reino Unido, fechou com alta de 0,11%.

Já na Ásia, o mercado chinês se destacou com alta de 0,22% no índice Xangai, apoiada por negociações positivas entre EUA e China. Tóquio também registrou avanço de 0,99% no Nikkei, enquanto Hong Kong (Hang Seng) caiu 0,76%. Os mercados da Coreia do Sul, Taiwan e Austrália tiveram variações positivas, ao passo que Singapura apresentou leve recuo.

Desempenho do dólar e da Bolsa brasileira

O dólar operou com alta nesta terça-feira, acumulando ganho de 0,33% na semana, após uma queda de 1,55% no mês e uma baixa de 13,63% no ano. O índice Ibovespa, por sua vez, iniciou a sessão em leve queda de 0,51% na semana, mas registra alta de 2,61% no mês e de 20,65% no acumulado de 2025.

O Banco Central avaliou que a desvalorização do dólar contribui para a desaceleração da inflação, embora as projeções para os preços permaneçam acima do alvo. A ata reforça a necessidade de uma postura de política monetária firme, com juros altos por um período prolongado, para garantir o controle da inflação e a ancoragem das expectativas.

Perspectivas futuras

O cenário internacional segue marcado por tensões políticas e econômicas, com expectativa de que os pronunciamentos do Fed e eventuais novas sanções influenciarão os mercados nas próximas sessões. No Brasil, a atenção permanece voltada às ações do governo e do Banco Central diante de desafios tanto internos quanto externos.

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