Brasil, 23 de setembro de 2025
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Janja busca aproximação com evangélicos em Nova York

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, participa de cultos e podcasts para se conectar com o público evangélico.

A recente participação da primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, em cultos evangélicos e podcasts voltados para esse público, demonstra uma clara estratégia de aproximação ao segmento que, historicamente, se mostrou mais resistente ao governo do Partido dos Trabalhadores (PT). A busca por um diálogo construtivo e acolhedor foi evidenciada na sua declaração sobre passar por um momento de “revelação” e se sentir bem recebida em encontros com mulheres evangélicas. A declaração foi feita em uma entrevista no popular podcast Papo Crente, junto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e compartilhada nas redes sociais no último domingo.

A importância da conexão com evangélicos

Na entrevista, Janja ressaltou a importância de entender como as políticas públicas do governo Lula estão impactando particularmente as mulheres das periferias e as mulheres negras. “Conversando com algumas pessoas mais próximas, eu senti a necessidade de a gente entender como as políticas públicas do governo Lula têm chegado e afetado principalmente as mulheres das periferias e as mulheres negras”, comentou. Estas ações visam fortalecer o laço entre o governo e a população evangélica, uma parte significativa da sociedade que tem se mostrado uma base eleitoral crucial.

Durante o podcast, Janja também aproveitou para expressar sua gratidão por se sentir confortável nesses ambientes. Seu envolvimento não parou por aí; ao finalizar a entrevista, a primeira-dama ainda cantou um louvor com uma das apresentadoras do programa, escolhendo a canção “Deus Cuida de Mim”, de Kleber Lucas, evidenciando um tom mais íntimo e respeitoso com a cultura evangélica.

No último domingo, Janja também participou de um culto na Abyssinian Baptist Church, localizada no bairro do Harlem, em Nova York. Este culto foi mais um passo na sua jornada de aproximação com a comunidade evangélica. Em publicação nas redes sociais, ela expressou sua gratidão por “esse domingo de louvor e simbolismo em uma igreja histórica”. Também destacou a poderosa mensagem do Reverendo Kevin sobre a importância de não se silenciar frente às dificuldades do mundo atual.

Os desafios da imagem pública de Janja

A decisão da primeira-dama de envolver-se com mulheres evangélicas é, sem dúvida, uma resposta a um contexto de desafios que sua imagem pública enfrenta. Uma pesquisa recente do Datafolha mostra que 36% dos brasileiros acreditam que as ações de Janja têm mais atrapalhado do que ajudado o governo, enquanto apenas 14% veem suas ações como benéficas. Este cenário denota a necessidade de Janja reverter sua imagem e fortalecer a conexão com segmentos da sociedade que se sentem distantes do governo.

O primeiro encontro de Janja com mulheres evangélicas ocorreu em julho, na Igreja Batista de São Cristovão, no Rio de Janeiro, com a presença da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Naquele momento, a primeira-dama já mostrava sua intenção de aproximação, reconhecendo as dificuldades e tensões que enfrentava publicamente.

Atividades em Nova York e o futuro

Janja chegou a Nova York cinco dias antes do presidente Lula, com o objetivo de participar como enviada especial para as mulheres na Conferência COP30. A primeira-dama está hospedada na residência do embaixador Sérgio Danese, representante permanente do Brasil na ONU. Durante sua estadia, Janja está focada em promover discussões sobre a interseção entre gênero e clima em preparativos para a convocação de líderes globais na COP30.

Além disso, Janja foi introduzida como “convidada especial” durante o culto e aplaudida por fiéis, que cumprimentaram membros da delegação brasileira que a acompanhava. O evento, rico em simbolismo, poderia ajudar a criar uma imagem positiva da primeira-dama entre a comunidade evangélica e seus apoiadores.

Diante dos altos e baixos da sua trajetória até aqui, a busca de Janja por um diálogo efetivo com o público evangélico poderá ser um passo significativo para reconquistar a confiança da população e melhorar a percepção sobre o governo. Sua capacidade de se conectar e representar as vozes das comunidades que tradicionalmente se sentem excluídas do debate político será fundamental em sua jornada como primeira-dama e agente de mudança social em tempos desafiadores.

Com um cenário de polarização política no Brasil, as ações de Janja podem servir como um exemplo de como a diplomacia sociais e a comunicação empática podem abrir portas e criar alianças importantes para a governabilidade e a coesão social.

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