A deputada federal Ilhan Omar (D-Minn.) afirmou nesta sexta-feira (20) que não irá retroceder em suas críticas a Charlie Kirk, ativista de extrema-direita morto recentemente por um atirador na Utah. Durante uma entrevista na CNN, Omar reforçou que considera Kirk um homem “horrível e odioso”, destacando que não há necessidade de se concordar com tudo que ele defendia.
Comentários sobre Charlie Kirk durante debate
Na ocasião, Omar afirmou que, embora compartilhe alguns vídeos de Kirk, “não precisa concordar com cada palavra”. Ela ressaltou que, em sua opinião, o ativista era “repreensível” e “odioso”, especialmente por suas declarações ofensivas contra diversos grupos minoritários. “Essa é a minha visão do que ele foi. Um homem que falou coisas sobre minhas identidades e sobre como ele via negros, muçulmanos e outras comunidades”, disse ela.
Histórico polêmico de Charlie Kirk
Kirk é conhecido por suas declarações racistas, misóginas e xenofóbicas, incluindo comentários de que certas mulheres negras “não têm capacidade cerebral” para serem levadas a sério e que valores como a “conquista” praticada por muçulmanos representam uma ameaça aos Estados Unidos. Segundo Omar, Kirk também duvidava da capacidade de pessoas negras pensarem por si mesmas e de terem opiniões iguais às de brancos.
Reação de Omar e controvérsia
A deputada destacou que muitos ainda defendem Kirk, chegando até a propor homenagens públicas como monumentos e dias de celebração em sua honra. “Não posso aceitar que se crie uma narrativa de que se deve honrar alguém que disseminou tanto ódio, que foi considerado uma figura odiosa por tantas pessoas.
Após seu comentário, Omar questionou a repórter Kaitlin Collins se ela também achava as palavras de Kirk “repreensíveis”. Collins respondeu que não justificava o discurso de Kirk, mas que a crítica de Omar foi “surpreendente” para algumas pessoas.
Legislação e homenagem a Charlie Kirk
Como consequência da controvérsia, um senador republicano, Shane Jett (R-Oklahoma), apresentou duas propostas de lei que pretendem homenagear Kirk em escolas públicas, com a instalação de estátuas e a criação de um feriado em sua memória.
Diferença entre dor e justiça
Durante a discussão, Omar afirmou que há uma distinção importante entre o luto de quem perdeu um ente querido e a tentativa de recompensar ou glorificar figuras odiosas. Ela reforçou que não pretende aceitar homenagens a alguém com o histórico de Kirk, argumentando que “o que foi feito deve ficar na história, longe de qualquer reverência”.
Irônia ou não, a postura da deputada foi vista como uma firme defesa contra as manifestações de ódio e uma tentativa de manter o foco na violência e na discriminação que ela acredita estar presentes na sociedade.
