A deputada democrata Ilhan Omar, de Minnesota, reafirmou nesta sexta-feira suas críticas ao ativista de direita Charlie Kirk, morto recentemente em Utah. Em uma entrevista ao CNN, Omar manteve sua posição de que Kirk foi um “homem repugnante e odioso”, mesmo após a repercussão do assassinato que gerou debates acalorados.
Controvérsia sobre comentários de Omar e a morte de Kirk
Durante uma discussão acalorada na CNN, Omar afirmou que, embora compartilhasse alguns vídeos de Kirk, não concordava com suas opiniões extremas. “Eu realmente acredito que ele foi um homem reprovável e odioso”, declarou Omar, destacando que Kirk fez comentários racistas, misóginos e xenofóbicos ao longo de sua vida pública. Entre eles, Kirk afirmou que algumas mulheres negras “não têm poder cerebral para serem levadas a sério” e que os “valores de conquista” dos muçulmanos representam uma ameaça aos EUA.
“Ele não acreditava que todos deveriam ter acesso igual a direitos, nem que eu pudesse ser inteligente ou ter pensamentos iguais aos de um homem branco”, afirmou Omar na entrevista. Ela também questionou o fato de pessoas estarem admiração e homenageando Kirk, inclusive por meio de resoluções na Câmara dos Deputados, o que ela considera uma forma de ignorar suas palavras e ações odiosas.
Reações e diferentes opiniões
Reação de aliados e opositores
Omar, que é muçulmana, nasceu na Somália e é negra, questionou Kaitlin Collins, sua entrevistadora, se ela também achava as palavras de Kirk “reprehensíveis”. Collins respondeu que não justificava os comentários e que suas opiniões eram “chocantes” de ouvir. A discussão ocorreu após um especialista republicano propor a criação de uma lei em homenagem a Kirk na Universidade de Oklahoma, onde projetos de lei pretendem que sejam construídas estátuas em sua memória e o dia dele seja comemorado.
Comentários sobre o episódio
A morte de Kirk, ocorrida nesta mês, resultou na proposição de duas leis no Senado de Oklahoma, de autoria do senador Shane Jett, que pretende criar um feriado estadual em homenagem ao ativista. Omar rebateu essa iniciativa, argumentando que há uma diferença entre sentimento de perda legítimo e a busca por retribuição ou reconhecimento de uma figura odiada.
Debate sobre a memória e o legado de figuras controversas
Ilhan Omar destacou que não há espaço para homenagens a pessoas que propagaram discursos de ódio. “Refletimos sobre o que merece ser lembrado na história e o que deve ir para o lixo do passado”, disse. Ela também afirmou que continuar a criticar comentários odiosos não representa uma tentativa de vingança, mas uma postura de condenação perante discursos que fomentam o ódio e a intolerância.
Mais informações podem ser encontradas na reportagem original do HuffPost, que detalha o posicionamento da deputada sobre o episódio e as repercussões políticas.
