Brasil, 23 de setembro de 2025
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Hugo Motta nega indicação de Eduardo Bolsonaro como líder da minoria

A decisão foi técnica e baseada na ausência do deputado, segundo Motta.

Na última terça-feira (23), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), revelou que a decisão de negar a indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para o cargo de líder da minoria foi estritamente técnica. A declaração foi dada durante uma entrevista antes de uma reunião com líderes partidários.

A razão técnica da decisão

A candidatura de Eduardo Bolsonaro foi sugerida pelo líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), que alegou um ato da Mesa Diretora, datado da gestão de Eduardo Cunha (MDB-RJ), que liberava líderes partidários da obrigatoriedade de registro de presença em plenário. No entanto, Eduardo pediu licença do cargo em março e foi para os Estados Unidos, onde atualmente reside.

“A decisão foi estritamente técnica. Ouvimos o parecer da Secretaria-Geral da Mesa Diretora que decidiu não haver possibilidade do exercício de mandato parlamentar estando ausente do território nacional, não há nenhum precedente na Casa”, afirmou Motta.

Com sua licença terminando em 21 de julho, Bolsonaro não retornou ao Brasil e já acumula faltas não justificadas nas sessões plenárias. Vale lembrar que a Constituição brasileira prevê a cassação de deputados que faltem a um terço das sessões ordinárias, exceto nos casos de licença ou missão autorizada.

Licença e faltas não justificadas

Conforme o parecer da Mesa Diretora, a possibilidade de registro remoto é restrita a parlamentares que estejam em missão oficial autorizada pela Câmara, o que não se aplica ao caso de Eduardo Bolsonaro. Além disso, o deputado não informou previamente à presidência da Casa sobre sua ausência fora do Brasil, configurando uma grave violação do dever funcional de um parlamentar.

“O deputado não está em território nacional, como todos sabemos, e a Câmara não foi comunicada da sua ausência do território nacional”, reiterou Motta, fazendo eco à preocupação com a presença e a responsabilidade dos deputados em suas funções.

Implicações da decisão

A proposta de Eduardo Bolsonaro para a liderança da minoria é vista por muitos como uma estratégia para evitar punições, como a possível perda de seu mandato. A situação levanta questões sobre a eficácia e a responsabilidade dos representantes do povo, e a necessidade de cumprimento das normas e regulamentos estabelecidos pela Câmara dos Deputados.

A ausência prolongada de Eduardo, em um contexto em que ele acumula faltas, pode abrir um precedente preocupante para a representação política no Brasil. O voto popular deve ser respaldado pela presença e pelo dever cumprido dos parlamentares nas suas funções legislativas.

Com o embate entre a esfera técnica e a política, a Câmara dos Deputados se vê em um momento delicado, onde as normas vigentes e o cumprimento das funções políticas precisam ser reforçados e respeitados. Em meio a essa situação, a liderança da minoria encontra-se sem um nome definido, o que pode impactar diretamente as articulações políticas no Congresso Nacional.

A conclusão a que se chega é que a situação de Eduardo Bolsonaro e a decisão de Hugo Motta refletem não apenas questões internas da Câmara, mas também um desafio significativo para a política brasileira, que luta para se manter íntegra e responsável frente à sociedade.

Para mais informações sobre o tema, visite o link da Agência Brasil.

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