Recentemente, um novo esquema de fraude tem chamado a atenção das autoridades e da população brasileira: o chamado “golpe do hospital”. Criminosos estão se passando por funcionários de hospitais e laboratórios, utilizando estratégias elaboradas para enganar vítimas e extorquir dinheiro, colocando a saúde financeira e emocional de muitas pessoas em risco.
Como funciona o golpe do hospital?
Os golpistas atuam a partir de ligações e mensagens enviadas por aplicativos, solicitando informações pessoais e pagamentos relacionados a supostos serviços de saúde. O caso da delegada Flávia Monteiro de Barros destaca a ousadia desse crime; ela recebeu uma mensagem no WhatsApp de alguém que se apresentava como funcionário do hospital onde sua mãe foi internada. O suposto atendente tinha acesso a dados privados e exigiu o pagamento de gastos fictícios resultantes da internação.
Um alerta da delegada
A delegada Flávia, experiente na investigação de crimes, percebeu a tentativa de fraudes imediatamente. Em sua declaração, ela compartilhou a experiência, ressaltando a vulnerabilidade das pessoas diante de tamanha ousadia: “Eu tenho uma mãe idosa, que passou mal, tive que correr com ela para o pronto-socorro. No dia seguinte, me passaram uma mensagem solicitando o pagamento de um valor por custos que ela teria tido naquele dia. Eu, desconfiada, não paguei. E era golpe,” afirmou Flávia.
A atuação dos criminosos
Conforme informações da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) e da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), os golpistas costumam afirmar que certos exames não estão disponíveis online. Para “facilitar”, oferecem a entrega desses exames na residência da vítima, mediante o pagamento de uma taxa. Na hora da entrega, eles utilizam máquinas de cartão adulteradas, onde a tela mostra um valor inferior ao cobrado, levando a vítima a acreditar que está pagando o valor correto.
Orientações de segurança
Em vista desse cenário alarmante, as autoridades e associações de saúde orientam a população a seguir algumas medidas de segurança:
- Desconfiar de contatos que solicitam pagamentos por telefone ou apps de mensagens.
- Confirmar diretamente com a instituição de saúde qualquer solicitação de pagamento antes de realizá-lo.
- Evitar compartilhar dados pessoais ou financeiros sem a devida verificação.
- Conferir os valores na máquina de cartão e no comprovante impresso, garantindo que não haja cobranças indevidas.
Colaboração com as autoridades
A Anahp e a Abramed estão colaborando com as autoridades na investigação desses casos e reforçam a importância de denunciar tentativas de fraude à polícia. Denunciar é fundamental para identificar e prender os criminosos, além de proteger potenciais vítimas de futuras fraudes.
Como se proteger e agir em caso de golpe
Além das orientações já citadas, é crucial que os cidadãos mantenham-se informados sobre as novas modalidades de golpe que surgem constantemente. A troca de informações entre amigos e familiares sobre experiências e suspeitas pode ser uma forma eficaz de se proteger e proteger os outros. Caso você tenha recebido alguma comunicação suspeita, não hesite em investigar e confirmar a veracidade da informação antes de tomar qualquer atitude.
Num cenário onde a saúde é prioridade, não podemos deixar que fraudes como o golpe do hospital prevaleçam. Esteja sempre atento e mantenha seus dados protegidos. Se você foi vítima de alguma fraude ou conhece alguém que o foi, busque orientação e informe as autoridades.
Por fim, fique atento e compartilhe esta informação com amigos e familiares para que mais pessoas estejam cientes desse golpe que visa enganar e prejudicar quem precisa de serviços não apenas médicos, mas também de segurança e confiança na saúde.