Um grave caso de violência doméstica veio à tona em Tocantins, onde Jhanny Kelly Alves Evangelista, de 32 anos, foi espancada pelo ex-marido, Antônio Rodrigues da Silva. O crime, que ocorreu na madrugada do último domingo, resultou em lesões severas na vítima, que ainda encontra-se se recuperando das agressões. Esse incidente destaca a alarmante taxa de feminicídio no Brasil, especialmente preocupante em estados como Tocantins.
Detalhes do incidente brutal
Conforme relatos, Jhanny e um amigo foram atacados enquanto dormiam em sua residência na região sul de Palmas. O ex-marido, que fugiu após o crime, invadiu a casa armado com um objeto semelhante a um pedaço de madeira e agrediu a consultora, causando fraturas graves e lesões consideráveis.
De acordo com a irmã de Jhanny, Lorrany Evangelista, o relacionamento entre Jhanny e Antônio terminou há mais de dois anos, mas ele não aceitava a separação e frequentemente proferia ameaças. “Ele já havia dito que, se soubesse que ela estava com outra pessoa, mataria”, afirmou Lorrany, ressaltando a gravidade da situação e o histórico de violência do ex-marido.
O áudio de desculpas
Após o agressão, Antônio enviou um áudio para a filha de nove anos pedindo desculpas pelo que fez. No áudio, ele menciona que ‘perdeu a cabeça’ e expressa seu amor pela filha, o que levantou questionamentos sobre a capacidade de um agressor em lidar com a realidade de suas ações. “Como ele pode pedir desculpas e, ao mesmo tempo, ter causado tamanha dor e sofrimento?”, indaga a irmã de Jhanny.
Consequências físicas e emocionais para a vítima
Após o ataque, Jhanny precisou passar por uma cirurgia plástica devido à gravidade das lesões. A família relata que ela sofreu fraturas no braço, danos nos dentes e diversas contusões pelo corpo. “Ela chegou com muitos hematomas, muitos machucados na cabeça e perdeu os quatro dentes da frente. O que aconteceu foi brutal”, conta Lorrany Evangelista.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado e a encaminhou para o Hospital Geral de Palmas (HGP). A necessidade de implantes dentários também foi levantada, evidenciando as longas consequências físicas e emocionais que Jhanny terá de enfrentar.
O estado da investigação
A Polícia Civil de Tocantins abriu um inquérito para investigar o caso, que está sendo conduzido pela 1ª Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (DEAM) de Palmas. As autoridades informaram que o processo está sob segredo de justiça, e até o momento, o ex-marido continua foragido, levanta um questionamento sobre a segurança da mulher e outras potencial vítimas.
O caso está sendo investigado com seriedade, já que violências como essa fazem parte de um problema maior no Brasil, onde as taxas de feminicídio e violência doméstica são alarmantes. A Secretaria da Segurança Pública de Tocantins reconheceu o histórico de violência do suspeito, o que torna a situação ainda mais preocupante.
Mobilização e apoio à vítima
Diante da brutalidade do caso, a família de Jhanny e a comunidade estão se unindo para ajudar na questão dos tratamentos médicos necessários. Uma vaquinha está sendo organizada para arrecadar fundos para os implantes dentários e o tratamento contínuo da vítima. A mobilização da comunidade é um exemplo de que, mesmo em meio a situações tão trágicas, a solidariedade pode oferecer algum alívio.
Esse caso traz à tona a urgente necessidade de discutir e agir sobre a violência contra a mulher no Brasil. É fundamental que a sociedade se mobilize para combater a cultura de machismo e a naturalização da violência, garantindo que episódios como este não se repitam. Com o apoio adequado, esperamos que Jhanny encontre a força necessária para se recuperar e reconstruir sua vida.
À medida que o inquérito avança, muitas dúvidas permanecem. Esse é um momento crítico que destaca a importância de avanços nas políticas públicas de proteção às mulheres e a criação de mecanismos que possam efetivamente prevenir a violência doméstica.
Em um país onde o feminicídio se tornou uma realidade assustadora, é essencial que todos façam sua parte para promover mudanças e oferecer suporte às vítimas. Jhanny, assim como tantas outras mulheres que sofrem em silêncio, merece não apenas justiça, mas um futuro livre de violência.
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