Stephen Richardson, ex-concorrente da sétima temporada de “Love Is Blind”, entrou com uma ação coletiva contra a Netflix e as produtoras Kinetic Content e Delirium TV, alegando condições de trabalho “inhumanas” e violações laborais durante as gravações. A denúncia aponta que os participantes foram considerados apenas “concorrentes”, sem direito a salários, e submetidos a controle excessivo na rotina.
Acusações de violações trabalhistas e condições abusivas
De acordo com o processo, os participantes da atração foram submetidos a jornadas exaustivas, sem pagamento de horas extras, sob o argumento de que eram “participantes” e não “empregados”. O texto também revela que produtores exerceram controle absoluto sobre o tempo, alimentação e comunicação com o mundo exterior enquanto estavam confinados no hotel durante as filmagens, o que, segundo a denúncia, viola as leis trabalhistas da Califórnia. Segundo a Entertainment Weekly, o processo busca também reparação por salários não pagos.
Condutas questionadas e alegações de negligência
O documento detalha que, durante o período de produção, os participantes tiveram restrição de acesso a alimentos e bebidas, com a produção incentivando o consumo de álcool e alimentos calóricos, supostamente para “manipular o comportamento” dos concorrentes. O processo afirma que “bebidas alcoólicas, refrigerantes, energéticos e mixers” foram sempre disponíveis, enquanto água e opções hidratantes eram limitadas, o que teria sido uma estratégia de controle para influenciar decisões.
Reações dos participantes e críticas
Após a denúncia, Marissa George, outra participante da temporada 7, manifestou-se contra as alegações de Richardson. Em vídeos publicados no Instagram, ela afirmou: “Nunca ouvi da produção que precisávamos beber álcool” e garantiu que havia bastante comida disponível para ela durante a gravação. “Na minha acomodação, pedi Taco Bell uma noite e também foi atendida”, acrescentou.
Marissa também rebateu a afirmação de que os participantes eram “restritos a comida e água”, classificando a alegação como “categoricamente falsa” e reforçando que o elenco tinha liberdade para descansar e participar de gravações noturnas, se assim desejassem. “Nos deixavam tirar cochilos e decidir quando participar das atividades”, explicou.
Resposta das empresas e próximas etapas
Até o momento, a Netflix e a Kinetic Content não se pronunciaram oficialmente sobre o caso, enquanto a Delirium TV não foi localizada para comentário. O advogado de Richardson busca obter compensação por salários não pagos a ele e a outros participantes das temporadas 6 a 9, além de custos legais e outros danos civis.
O assunto ainda promete gerar desdobramentos, com os protagonistas defendendo seus argumentos e a produção podendo ser compelida a esclarecer suas práticas sob a ótica da legislação trabalhista da Califórnia.