Brasil, 23 de setembro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Especialistas da ONU pedem suspensão de Israel pela FIFA e UEFA

Demandas por suspensão, ações humanitárias e apoiadores no futebol destacam graves violações dos direitos humanos em Gaza.

Especialistas independentes da ONU fizeram um apelo significativo nesta terça-feira, solicitando que a FIFA e a UEFA suspendam Israel de competições esportivas em função da ofensiva em Gaza. A declaração é acompanhada pela ressalva de que não apoiam o boicote a jogadores israelenses individuais.

Direitos humanos em primeiro plano

Em uma comunicação forte, os três relatores especiais, membros do Grupo de Trabalho sobre Empresas e Direitos Humanos, enfatizaram que as entidades esportivas não devem ignorar as graves violações dos direitos humanos. “Seleções nacionais que representam Estados que cometem violações massivas dos direitos humanos podem e devem ser suspensas, assim como ocorreu no passado”, afirmaram. A suspensão de Israel é vista como “uma resposta necessária ao genocídio em curso”, segundo os especialistas.

A acusação de genocídio em Gaza

Recentemente, uma comissão internacional de inquérito da ONU acusou Israel de genocídio em Gaza, implicando a intenção deliberada de “destruir” o povo palestino. Esses peritos alertaram que os líderes das organizações esportivas internacionais “não podem permanecer neutros diante do genocídio”. O apelo para uma ação mais decisiva das entidades do futebol vem em meio a um aumento significativo na condenação internacional sobre a ofensiva israelense.

Reações no mundo do futebol

As vozes de apoio a medidas concretas têm crescido, especialmente entre figuras notórias do esporte. Por exemplo, o ex-jogador francês Eric Cantona expressou sua indignação em relação à aparente hipocrisia nas ações da FIFA e da UEFA. “Quatro dias após o início da guerra na Ucrânia, a FIFA e a UEFA suspenderam a Rússia. Agora, estamos 716 dias após o que a Anistia Internacional chama de genocídio e Israel ainda participa. Onde está o padrão igualitário?”, questionou Cantona, reforçando a necessidade de um boicote ao Estado de Israel.

Opinião internacional

O pedido por ações concretas também foi ecoado por figuras políticas. O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, pediu que Israel seja excluído das competições enquanto a violência em Gaza continua. Ele é amplamente reconhecido como um dos críticos mais contundentes da ofensiva israelense.

Contexto do conflito

Desde o início da guerra em outubro, o número de civis mortos do lado palestino subiu para índices alarmantes. As estatísticas do Ministério da Saúde administrado pelo Hamas indicam que mais de 65.000 palestinos foram mortos desde o início da repressão israelense. Estes números têm sido corroborados e considerados confiáveis pela ONU, revelando a gravidade da situação humanitária.

Solidariedade internacional nos esportes

As reações ao conflito também chegaram ao futebol em outros continentes. Um clube chileno, conhecido como Palestino, fez uma emocionante homenagem às vítimas palestinas durante uma competição local. A equipe demonstrou solidariedade em um jogo, ressaltando a conexão entre a diáspora palestina no Chile e a devastação causada pelo conflito em sua terra natal.

No entanto, o apelo para suspender Israel das competições da FIFA e da UEFA está se tornando cada vez mais comum. Entretanto, os especialistas da ONU sublinharam que o boicote deve focar no Estado e não nos jogadores de futebol, reiterando a importância de distinguir as ações de um governo das identidades e direitos individuais dos atletas.

À medida que o conflito persiste e novas evidências de abuso aparecem, a pressão sobre as organizações esportivas para que adotem uma postura ética e coerente em relação a direitos humanos só tende a aumentar. Isso nos convida a refletir sobre o papel que o esporte pode e deve desempenhar em tempos de crise e injustiça social.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes