Brasil, 23 de setembro de 2025
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Desigualdade de gênero e violência contra mulheres ainda preocupam, afirma Vaticano na ONU

Em discurso na ONU, Vaticano pede compromisso dos Estados em garantir igualdade às mulheres e rejeitar práticas prejudiciais.

No dia 22 de setembro, durante a reunião de alto nível das Nações Unidas, que celebrou os 30 anos da Declaração de Pequim, o secretário para as Relações com os Estados da Santa Sé, dom Paul Richard Gallagher, destacou os avanços na luta pelos direitos das mulheres, mas também abordou as persistentes desigualdades e violências que ainda afligem esse grupo. Ao fazer sua leitura da situação atual, Gallagher expressou a esperança de que os Estados honrem suas promessas de garantir a igualdade e o respeito à dignidade das mulheres.

Avanços e desafios na luta pelos direitos das mulheres

Em seu discurso, Gallagher reconheceu os progressos significativos em questões relacionadas à dignidade feminina desde a Quarta Conferência Mundial sobre a Mulher, realizada em Pequim em 1995. No entanto, ele enfatizou que muitos desafios ainda permanecem. “Taxas elevadas de pobreza extrema, barreiras ao acesso à educação e salários desiguais no mercado de trabalho ainda prevalecem”, destacou. Essas condições, segundo o arcebispo, limitam a capacidade das mulheres de alcançar seu pleno potencial em diversas áreas da vida.

Violência contra mulheres: uma questão urgente

Além das disparidades econômicas e educacionais, o secretário para as Relações com os Estados também chamou a atenção para a crítica situação da violência contra mulheres e meninas. “Toda forma de violência é inaceitável e deve ser combatida”, afirmou. Essa violência se manifesta de diversas formas, seja em circunstâncias domésticas, em conflitos ou no tráfico de pessoas. O prelado também ressalta que a tecnologia tem contribuído para a ampliação desse abuso, fazendo com que as mulheres estejam mais vulneráveis.

Práticas inaceitáveis e suas consequências

Dentre as formas de violência mencionadas, Gallagher destacou a seleção pré-natal de gênero e o infanticídio feminino, práticas que, embora condenadas pela Declaração e pela Plataforma de Ação de Pequim, continuam a resultar na morte de milhões de meninas todos os anos. Essas injustiças não apenas ferem os direitos das mulheres, mas também perpetuam ciclos de desigualdade e discriminação.

Desigualdade no acesso à saúde

Outro ponto abordado por Gallagher foi a desigualdade no acesso à saúde. Apesar da redução das taxas de mortalidade materna ao longo dos anos, ainda há muito a ser feito. “O acesso a cuidados pré-natais e a profissionais de saúde bem qualificados deve ser ampliado”, destacou. Ele também fez um alerta contra “falsas soluções”, como o aborto, apontando que “proteger o direito à vida é essencial para sustentar todos os outros direitos fundamentais”.

A esperança para o futuro

Ao concluir seu discurso, dom Gallagher expressou sua esperança de que a comunidade internacional se concentre em questões que realmente beneficiem as mulheres, ao invés de se perder em debates controversos que não resolvem problemas prementes. O apelo da Santa Sé é claro: é preciso redobrar esforços para eliminar as desigualdades de gênero e garantir que todas as mulheres possam desfrutar dos direitos que lhe foram prometidos por meio de tratados internacionais.

A luta pela igualdade de gênero é uma responsabilidade coletiva. O Vaticano, ao chamar a atenção para esses pontos críticos, enfatiza a necessidade de um compromisso renovado de todos os países em prol da efetivação dos direitos das mulheres. Afinal, o respeito à dignidade feminina é um pilar fundamental para a construção de sociedades mais justas e iguais.

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