Brasil, 23 de setembro de 2025
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Conselho de ética abre processo contra Eduardo Bolsonaro por atuação nos EUA

O Conselho de Ética da Câmara começou um processo que pode resultar na cassação do mandato de Eduardo Bolsonaro por sua atuação no exterior.

No cenário político atual, a figura do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a ganhar destaque. Nesta terça-feira (23), o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados decidiu abrir um processo disciplinar contra ele, que pode culminar na cassação de seu mandato. A decisão é fruto de uma representação apresentada pelo PT, que questiona a atuação do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro fora do país, onde reside desde fevereiro. O foco da controvérsia é sua liderança na articulação por sanções internacionais contra autoridades brasileiras.

Motivos da representação

O presidente do Conselho de Ética, Fábio Schiochet (União-SC), esclareceu que a questão em análise vai além da simples ausência de Eduardo em sessões. Durante a condução dos trabalhos, Schiochet explicou que a denúncia não envolve apenas faltas, mas também a alegação de que o parlamentar estaria utilizando plataformas internacionais para difamar instituições brasileiras, com um relato especial de ataques diretos ao Supremo Tribunal Federal e seus ministros.

A peça apresentada pelo PT ressalta que Eduardo ultrapassou os limites do seu mandato e feriu o decoro parlamentar. Segundo o partido, “a imunidade parlamentar não é um salvo-conduto para a prática de atos atentatórios à ordem institucional, tampouco um manto protetor para discursos de incitação à ruptura democrática”. Essa é uma preocupação central que reforça a intenção do PT em punir o deputado por suas declarações e ações no cenário internacional.

Consequências da ausência e manobras políticas

Eduardo Bolsonaro está fora do Brasil há sete meses, e sua ausência pode resultar em consequências drásticas. Para evitar a contabilização de faltas, aliados tentaram manobrar sua situação ao nomeá-lo como líder da Minoria, função que, segundo os defensores, impediria que sua presença não fosse registrada. Contudo, os planos foram frustrados na tarde dessa terça-feira, quando o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), indeferiu a indicação, justificando que a liderança não pode ser ocupada por quem reside fora do país.

Essa nova etapa no desenrolar político da figura de Eduardo ilustra um embate dentro do legislativo que não se limita apenas à sua pessoa, mas que se insere em um contexto maior que abarca discussões sobre a ética e a responsabilidade dos parlamentares. As ações de Eduardo no cenário internacional, levantando bandeiras contra o estado brasileiro, geraram uma onda de reações e descontentamento, levando partidos como o PT a se posicionarem de forma contundente.

Além do caso de Eduardo: outros processos em andamento

Além do processo que envolve Eduardo Bolsonaro, o Conselho de Ética também avança em outro caso, que discute as ofensas proferidas pelo deputado Gilvan da Federal (PL-ES) à ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. O colegiado está ouvindo diversos deputados, como Marcel Van Hattem (Novo-RS), Paulo Bilynskyj (PL-SP) e Sargento Fahur (PSD-PR), neste contexto de análise e deliberação de condutas consideradas impróprias para o exercício do mandato. Este cenário indica um momento de intensas avaliações dentro do legislativo e uma possível reavaliação das práticas de ética na política brasileira.

Com essa movimentação, a Câmara dos Deputados pode estar se posicionando de forma mais rigorosa à medida que questões de ética e integridade começam a dominar as pautas políticas. A expectativa agora recai sobre como o processo envolvendo Eduardo Bolsonaro se desdobrará e quais serão as repercussões políticas para ele e para o cenário nacional como um todo.

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