A arrecadação da Receita Federal em agosto foi de R$ 208,7 bilhões, uma redução de 1,5% em relação ao mesmo mês de 2024. Contudo, no acumulado do ano até agosto, o governo arrecadou R$ 1,89 trilhão, número 3,73% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, indicando o melhor desempenho desde 2000 para esse intervalo.
Razões para a queda na arrecadação em agosto
Segundo a Secretaria Especial da Receita Federal, a redução na arrecadação ocorrida em agosto é atribuída a mudanças legislativas na cobrança do Imposto de Renda Retido na Fonte Juros sobre Capital Próprio (IRRF-Capital) e aos gastos tributários relacionados às calamidades provocadas pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul, em abril e maio de 2024.
“Importante observar que se trata do melhor desempenho arrecadatório desde 2000 para o período acumulado”, destacou o documento divulgado nesta terça-feira (23). Essa performance mostra a resiliência da economia brasileira mesmo diante de desafios pontuais.
Impacto das mudanças legislativas e compensações fiscais
Na análise da Receita Federal, a queda na arrecadação de agosto também reflete o efeito das mudanças legislativas na tributação do IRRF-Capital. Sem considerar pagamentos atípicos, a arrecadação do acumulado do ano teria registrado um crescimento real de 4,99%, e o mês de agosto apresentaria aumento de 0,23% na arrecadação.
Desempenho por tributações específicas
O mês de agosto viu perdas de 8,27% na arrecadação do Imposto de Renda Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), além de quedas de 3,7% na arrecadação de Cofins, PIS e Pasep. Esses dados refletem a desaceleração em alguns setores do sistema tributário, embora o desempenho geral ainda seja positivo considerando o acumulado do ano.
Perspectivas e perspectivas futuras
A arrecadação elevada, mesmo com os desafios de agosto, demonstra uma resiliência econômica e fiscal. As ações do governo na arrecadação continuam focadas em equilibrar o crescimento com a necessidade de ampliar a arrecadação para sustentar políticas públicas e investimentos.
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