Brasil, 22 de setembro de 2025
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Senador Otto Alencar confirma votação da PEC da Blindagem

Proposta de Emenda à Constituição, controversa, será votada na CCJ nesta quarta-feira, com rejeição quase certa.

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, senador Otto Alencar (PSD-BA), irá colocar em pauta a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem, que chegou da Câmara, para votação já nesta quarta-feira. As declarações foram dadas ao jornal O GLOBO, onde Alencar deixou claro que não haverá discussão de textos alternativos que estão sendo negociados nos bastidores por integrantes do Centrão. A proposta, que já gerou intensos debates, deve ser apresentada como primeiro item da sessão.

A resistência à PEC da Blindagem

Em suas declarações, Alencar enfatizou a certeza da votação do texto original na CCJ, afirmando que o assunto não será alterado. O senador também fez referência à postura do colega Ciro Nogueira (PP-PI), que sugeriu um novo texto com restrições à blindagem, limitando-a a crimes contra a honra. Alencar alertou que Nogueira está apenas tentando encontrar uma “saída honrosa” para aqueles que já apoiaram a proposta original.

“O texto será votado como primeiro item da sessão de quarta-feira, não há chance de ser diferente”, disse Alencar. Ele ainda confirmou seu apoio ao relatório do relator Alessandro Vieira (MDB-SE), assegurando que, mesmo se o novo texto de Ciro Nogueira for apresentado, ele encontrará dificuldades para ser aprovado.

Ciro Nogueira e sua proposta alternativa

A proposta de Nogueira busca aperfeiçoar a PEC, limitando a blindagem apenas a crimes de opinião, justificando que democracias robustas se sustentam por meio de Parlamentos fortes e da livre manifestação do pensamento. “Minha proposta pode atender à cidadania e fortalecer as prerrogativas simultaneamente”, comentou Nogueira em suas redes sociais.

Além da restrição mencionada, outros dois pontos polêmicos que constam na PEC da Blindagem também teriam a intenção de ser removidos: o voto secreto nas investigações contra parlamentares e a ampliação do foro privilegiado para presidentes de partidos. Essas mudanças visam tornar a proposta menos controversa e mais palatável ao público e aos próprios membros do Senado.

Desafios à aprovação da PEC

A PEC da Blindagem enfrentou intensa oposição e várias críticas desde seu início. O relator Alessandro Vieira já anunciou seu parecer contrário à proposta, e um levantamento recente do GLOBO revelou um cenário preocupante para seus defensores: dos 27 membros da CCJ, 17 já se declararam contra a proposta. Atualmente, 52 dos 81 senadores já se manifestaram publicamente como contrários à PEC, enquanto apenas seis se dizem a favor.

Para que a PEC seja promulgada, é necessário obter no mínimo 49 votos favoráveis no plenário do Senado. Dada a atual situação, esse objetivo parece improvável. Os próprios senadores mostram-se cientes da resistência que a proposta enfrenta entre seus pares, o que torna ainda mais desafiadora a aprovação da PEC.

Expectativas para a votação

Com a votação agendada para quarta-feira, a expectativa é de que a rejeição da PEC da Blindagem se confirme, diante do clima de descontentamento e discordância entre os senadores. A análise de Alencar e a postura firme que ele adotou sugerem que a proposta encontrará grandes barreiras antes de avançar no processo legislativo. Apesar das tentativas de criar um texto alternativo por alguns parlamentares, o futuro da PEC parece estar comprometido.

À medida que as novas informações sobre posições de senadores e possíveis alianças políticas emergem, ficará evidente como o cenário político se desenrola em torno dessa polêmica proposta, evidenciando a complexidade das discussões sobre prerrogativas parlamentares no Brasil. A divisão entre os senadores e os diferentes interesses políticos entre os partidos continuarão a ser analisados por observadores e pela imprensa.

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