Brasil, 22 de setembro de 2025
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Senador Alessandro Vieira critica PEC da Blindagem e sua relação com a Anistia

Alessandro Vieira afirma que PEC da Blindagem prejudica debate sobre Anistia e objetiva proteger parlamentares de investigações.

No cenário político brasileiro, a proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem, relatada pelo senador Alessandro Vieira (MDB-SE), tem gerado intensos debates. Nesta segunda-feira (22/9), Vieira declarou que a aprovação da proposta na Câmara dos Deputados, ocorrida no dia 16 de setembro, trouxe sérios prejuízos ao diálogo em torno do Projeto de Lei da Anistia, que na sequência teve seu regime de urgência aprovado.

Impactos da aprovação na Câmara

Durante sua fala no programa de rádio Acorda, Metrópoles, o parlamentar apontou que a votação da Anistia acabou servindo como uma “cortina de fumaça”, permitindo que a PEC da Blindagem avançasse sem a devida discussão pública. “Aquilo que eu disse, que é uma cortina de fumaça. Tem uma intenção oculta, nesse caso, mal escondida, mas tem, que é de proteger bandido”, afirmou ele, destacando como as duas pautas foram votadas com apenas um dia de diferença.

Contexto da PEC da Blindagem

A PEC da Blindagem objetiva que nenhum parlamentar possa ser investigado ou preso sem a aprovação de seus pares. Essa proposta, se aprovada, levará a um cenário em que o Congresso terá até 90 dias para analisar cada pedido de investigação feito pela Justiça. No entanto, existem exceções para crimes inafiançáveis ou cometidos em flagrante, que podem ser imediatamente investigados.

Enquanto isso, o Projeto de Lei que trata da Anistia discute o perdão ou a redução de penas para indivíduos envolvidos em atos antidemocráticos, como os ocorridos em 8 de janeiro. O relator para este projeto, deputado Paulinho da Força (SD-SP), propôs uma abordagem que envolve a redução das penas, ao invés de simplesmente absolver os condenados.

Desdobramentos e posições dos parlamentares

  • A PEC da Blindagem já passou por duas votações na Câmara e aguarda agora a análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no Senado.
  •  O projeto de Anistia, com urgência aprovada na quarta-feira passada, visa abordar questões delicadas em torno da memória recente do Brasil.
  • Paulinho da Força enfrenta resistência em sua proposta dentro do Congresso, mas acredita que uma votação poderá ocorrer em breve.

Em uma posição firme, Vieira expressou suas expectativas em relação à PEC da Blindagem no Senado, assegurando que ele e seu grupo apresentarão um relatório pela rejeição. “O que eu posso garantir é que, na quarta-feira (24/9), será apresentado um relatório pela rejeição. O mérito dela é defender bandido, não existe meio termo em relação a isso”, destacou o senador, reforçando que a proteção a parlamentares não é aceitável diante da gravidade das acusações.

Ele acrescentou: “não faz nenhum sentido você ter uma proteção para que um parlamentar possa cometer qualquer tipo de crime, qualquer natureza de crime, e não vai ser processado, não vai ser investigado”.

Consequências da manobra política

A aprovação da PEC na Câmara é vista por muitos como uma manobra política orquestrada por grupos como o Centrão, que têm buscado aumentar o controle sobre as investigações contra parlamentares. O impacto dessa proposta para a democracia e para o funcionamento das instituições brasileiras é alvo de crítica por parte de diversos setores da sociedade.

Se a PEC for adiante, a percepção de impunidade entre os representantes eleitos pode se fortalecer, impactando negativamente a confiança da população nas instituições. Essa é uma preocupação central entre críticos da proposta, que veem a necessidade de um debate mais profundo e democrático sobre como lidar com ações ilegais de parlamentares.

Com as discussões em andamento e uma votação iminente, a pressão sobre os senadores só tende a aumentar, enquanto cidadãos e organizações da sociedade civil acompanham de perto os passos do Legislativo nesta questão crucial.

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