Brasil, 22 de setembro de 2025
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Kamala Harris iniciará turnê de livro após fracasso na candidatura

A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, está prestes a relatar sua experiência na corrida presidencial de 2020 com o lançamento de seu novo livro, intitulado “107 Days”. O evento, programado para ocorrer na próxima terça-feira, marca o início de uma turnê por 15 cidades que, segundo alguns aliados, pode acabar se tornando uma reflexão negativa sobre sua trajetória política. Em meio a tensões dentro do Partido Democrata, muitos temem que a turnê abra velhas feridas e desvie a atenção de um partido já sobrecarregado, enfrentando mais de US$ 20 milhões em dívidas de campanha herdadas de sua candidatura.

Expectativas e preocupações com a turnê de Kamala Harris

Com o lançamento do livro, Harris se vê em uma posição delicada. Seus apoiadores esperam que a turnê ofereça um espaço para a cura e reflexão ao partido, mas críticos alertam que se concentrar demais no passado pode impedir que os democratas avancem. Além disso, a frase “told you so” (eu avisei) se tornou um temor entre alguns, que acreditam que o foco excessivo nas falhas de Trump possa ofuscar a necessidade de um olhar para o futuro.

Os primeiros trechos do livro mostram Harris como uma figura trágica, lembrando momentos de sua campanha e detalhando o colapso dos democratas após a saída do ex-presidente Biden da disputa. Neste relato, ela admite suas falhas, incluindo não ter agido mais cedo quando Biden enfrentava dificuldades, além de revelar que hesitou em escolher Pete Buttigieg como seu companheiro de chapa, em parte devido sua orientação sexual.

Reações adversas dentro do Partido Democrata

A reentrada de Harris na cena política não é vista com bons olhos por todos. Curiosamente, alguns membros do partido expressaram frustração não apenas pela dívida deixada em sua esteira, mas também pela reabertura de discussões sobre seu desempenho no passado. Um ex-assessor observou: “Não significa nada para 2028, porque haverá um grande leque de candidatos.” Além disso, a comparação com a história de Hillary Clinton após sua derrota em 2016 assombra as esperanças de uma recuperação política.

Num cenário onde novos líderes como Gavin Newsom e JB Pritzker começam a surgir, a falta de uma estratégia clara por parte de Harris levanta questões sobre sua relevância futura. Em meio a tudo isso, alguns analistas ressaltam que a turnê pode servir como um ponto de partida para o debate sobre a liderança democrática em um futuro próximo.

Dívida de campanha e futuro político da vice-presidente

Com mais de US$ 20 milhões em dívidas de campanha, o Partido Democrata enfrenta um momento complicado, possessivo de apenas US$ 15 milhões em caixa atualmente. Esta situação não só limita a capacidade de ação do partido, mas também gera um respeito reverberante em torno de qualquer tentativa de Harris de se posicionar como uma líder em potencial para as próximas eleições presidenciais.

Harris tem aproveitado seu tempo fora dos holofotes, admitindo em entrevistas que se distanciou da política durante os últimos meses, mas sua turnê pode forçá-la a se confrontar com os eleitores que se afastaram. Observadores políticos estarão atentos ao seu desempenho e à forma como abordará questões prementes, principalmente se decidir adotar uma postura anti-Trump.

Ainda há quem veja a turnê como uma tentativa de um “cash grab” (captura de dinheiro) de uma candidata fracassada. “Ela está em uma turnê de livro, que se resume a vender livros”, disse Joe Trippi, estrategista do partido. O dilema para muitos democratas é se esse tempo de reflexão será produtivo ou apenas uma repetição de erros do passado.

Embora a turnê apresente riscos, também oferece uma oportunidade. Reuniões com seus apoiadores mais fervorosos podem ser um sopro de energia, mas a verdadeira questão é se Harris conseguirá se reinventar e galvanizar apoio para futuros desafios políticos.

Enquanto observa novos suaves líderes emergirem, Harris estará diante de um desafio significativo: não apenas reconquistar a confiança do eleitorado, mas também encontrar um papel significativo em um partido que busca o caminho de volta ao poder em 2028.

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