Brasil, 22 de setembro de 2025
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Janja se sente acolhida em cultos evangélicos e busca aproximação

A primeira-dama Rosângela da Silva revela experiências positivas em encontros com mulheres evangélicas nos EUA, buscando conexão com o público.

A primeira-dama do Brasil, Rosângela da Silva, conhecida como Janja, revelou em uma recente entrevista durante o podcast Papo Crente que está passando por um momento de “revelação” ao participar de cultos evangélicos. A declaração foi feita ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e chamou a atenção para a tentativa de aproximação da primeira-dama ao público evangélico, uma comunidade que tradicionalmente se mostra cética em relação ao governo petista.

A importância das novas conexões

Em suas palavras, Janja expressou o quão importante tem sido para ela se sentir “confortável neste ambiente, muito bem acolhida”. Durante a entrevista, avaliou também como as políticas públicas do governo têm impactado as mulheres, especialmente aquelas em situações de vulnerabilidade, como as do entorno das periferias e as mulheres negras. Essa reflexão surge em um momento onde a imagem da primeira-dama é constantemente debatida, com pesquisas mostrando que 36% dos brasileiros acreditam que suas ações mais atrapalham que ajudam o governo.

No último domingo, Janja participou de um culto na The Abyssinian Baptist Church, localizada no Harlem, Nova York. Neste evento, ela foi recebida como “convidada especial” e mencionou a importância das palavras do Reverendo Kevin, que ressaltaram a necessidade de não se silenciar diante dos desafios enfrentados pelo mundo. “Agradecida por esse domingo de louvor e muito simbolismo em uma igreja histórica”, expressou Janja em suas redes sociais, mostrando-se tocada pelo acolhimento recebido.

A agenda de Janja nos EUA

A participação da primeira-dama no culto evangélico em Nova York não foi um ato isolado, mas parte de uma agenda mais ampla. Janja chegou à cidade cinco dias antes de Lula, como enviada especial para mulheres na Conferência das Partes (COP30), destacando sua missão de discutir gênero e clima. Durante sua estadia, muitos de seus compromissos têm sido voltados para ações que conectam questões de gênero e desenvolvimento sustentável.

Após receber aplausos dos fiéis presentes, Janja reforçou entre os presentes que a delegação estava em Nova York para participar da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas. Essa interação com a comunidade evangélica se alinha à estratégia do governo de buscar apoio e interação com grupos que, historicamente, têm resistido às suas propostas.

Resultados das pesquisas e a imagem de Janja

Ao mesmo tempo em que Janja tenta essa aproximação, os dados de avaliação do governo Lula têm mostrado uma desaprovação considerável – 61% da população manifesta descontentamento com a gestão atual, enquanto apenas 35% a aprovam. A diferença de 21 pontos percentuais é a menor desde julho, o que indica uma leve melhora, ainda que distante do ideal.

Com a necessidade de reconquistar e fortalecer sua imagem, Janja busca intensamente o diálogo com diferentes segmentos da sociedade. Este movimento se inicia desde julho, quando ocorreu seu primeiro encontro em uma igreja batista no Rio de Janeiro, onde também esteve presente a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. A aproximação com o público evangélico parece ser uma das pedras angulares na busca da primeira-dama por maior aceitação e apoio político.

Reflexões sobre as políticas públicas

Ao abordar os impactos das políticas implementadas pelo governo Lula, Janja enfatiza o papel transformador dessas ações, principalmente para mulheres em situação de vulnerabilidade. A declaração sugere que há uma linha direta de interesse e apoio a estas comunidades, refletindo em uma postura mais próxima e humanizada da primeira-dama diante de assuntos que permeiam a desigualdade social e étnica no Brasil.

Com a sua nova abordagem, Janja se posiciona não apenas como a esposa do presidente, mas como uma influente representante de causas sociais, buscando resgatar a confiança da população em um contexto político que ainda enfrenta sérios desafios. A sua presença nos cultos e interações com comunidades religiosas podem ser vistas como tentativas de criar um canal de diálogo que, até recentemente, parecia distante.

A expectativa de que essa nova fase de aproximação com evangélicos possa trazer resultados benéficos para o governo e para as políticas sociais permanece no ar, enquanto Janja continua sua jornada entre as comunidades que buscam voz e representação.

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