Brasil, 22 de setembro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Execuções públicas em Gaza geram clamor internacional

Imagens chocantes mostram execuções de acusados de colaboração em Gaza, no contexto de violência e conflito contínuo.

No último domingo, imagens chocantes de execuções públicas na Cidade de Gaza azularam as redes sociais, evidenciando a brutalidade do conflito na região. Três homens foram executados sob a acusação de colaboração com Israel, em um ato realizado por membros armados que celebraram a ação como uma demonstração de força. Este evento ocorreu em meio a uma ofensiva militar israelense que já resultou em altíssimos números de mortos na região.

O contexto das execuções

As imagens verificadas pelo BBC Verify mostram os acontecimentos em uma rua próxima ao hospital Shifa, local focado na ofensiva terrestre israelense. Os vídeos apresentam pelo menos cinco homens armados e mascarados, que se aproximam de três palestinos com vendas nos olhos, obrigando-os a kneeling no chão perante uma multidão. Um dos homens armados declara: “A pena de morte foi decretada para todos os colaboradores”. Momentos depois, a multidão exalta as Brigadas Qassam, o braço armado do Hamas, enquanto os homens são derrubados e baleados nas costas da cabeça.

A resposta da Hamas e a atmosfera de medo

Um funcionário de segurança da administração do Hamas em Gaza confirmou à Reuters que as execuções foram realizadas pela “Sala de Operações Conjunta da resistência palestina”. Este evento marcante representa uma rara gravação em vídeo de uma execução pública, uma prática que não é nova, mas geralmente acontece nas sombras. Há relatos anteriores de ações violentas do Hamas contra opositores, incluindo a execução de palestinos acusados de roubo de caminhões de ajuda humanitária.

No mesmo vídeo, um dos homens armados destaca Yasser Abu Shabab como um “grande colaborador” a ser eliminado. Abu Shabab é considerado uma figura importante de um clã armado que, segundo se reporta, é apoiado pelo governo israelense, operando na área de Rafah sob controle militar israelense. O clã tem se posicionado como uma força oposicionista ao Hamas.

Embora o Primeiro-Ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tenha confirmado em julho que Israel estava fornecendo armas a clãs em Gaza que se opõem ao Hamas, Abu Shabab negou categoricamente esse apoio em suas redes sociais. Com a perda de controle do Hamas em várias partes da Faixa de Gaza, outros grupos armados têm surgido, apoiando a oposição ao Hamas.

Conflito em curso e repercussões humanitárias

No cenário atual, as tropas israelenses continuam a operações em Gaza, afirmando ter “desmantelado a infraestrutura militar usada pelo Hamas”. Os objetivos do exército israelense incluem a libertação dos reféns ainda em poder do Hamas e a eliminação de até 3 mil combatentes, descritos como fundamentais para o que Israel considera a “principal base” do Hamas.

No entanto, a ofensiva em Gaza, que abriga uma população de cerca de um milhão de pessoas e enfrenta uma crise de fome, tem atraído amplas condenações internacionais. A porta-voz do escritório humanitário da ONU expressou que, durante uma visita recente à cidade, notou um fluxo constante de palestinos se deslocando para o sul, embora centenas de milhares ainda permaneçam em Gaza. Uma avaliação que descreveu a situação como “cataclísmica”.

Desde o início da campanha militar israelense em resposta ao ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de aproximadamente 1.200 pessoas e na captura de 251 outras, a situação se agravou de forma alarmante. De acordo com o ministério da saúde de Gaza, ao menos 65.344 pessoas foram mortas em ataques israelenses desde então, refletindo as consequências mortais da contínua escalada de violência na região.

O mundo observa com apreensão, questionando o impacto desses atos de violência na já fragilizada dinâmica social e política da Palestina e na saúde humanitária da população local.

Para mais informações, acesse aqui.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes